Mercados

Relatório do BC é destaque aqui; Grécia domina exterior

Nos mercados internacionais, a aposta de que o crucial plano fiscal grego seja aprovado nesta jornada, mesmo com violentos protestos nas ruas de Atenas

Manifestantes tentam bloquear a entrada do parlamento durante as votações (Angelos Tzortzinis/AFP)

Manifestantes tentam bloquear a entrada do parlamento durante as votações (Angelos Tzortzinis/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2011 às 08h03.

São Paulo - A Grécia deve ocupar o centro das atenções nesta quarta-feira, quando está prevista a votação no parlamento das medidas de austeridade fiscal exigidas para que o país receba novos recursos financeiros externos e evite uma moratória. Mas, no Brasil, a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central deve roubar a cena logo no início da jornada.

O foco no documento do BC tende a ficar na atualização das projeções para o IPCA no cenário de referência e nos comentários sobre riscos inflacionários, que podem dar pistas sobre a continuidade --e por quanto tempo-- ou não do ciclo de alta da Selic. Também vale notar se será mantido o discurso de que a instituição busca uma convergência "mais suave" da inflação para trajetória de metas.

Nos mercados financeiros internacionais, a aposta de que o crucial plano fiscal grego seja aprovado nesta jornada, apesar de violentos protestos nas ruas de Atenas, com tentativa dos manifestantes inclusive de bloquear a entrada do parlamento, garantia o viés positivo nas praças acionárias e a valorização do euro. O índice MSCI para ações globais avançava 0,71 por cento às 7h25 e para emergentes, 0,79 por cento. O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão ganhava 1,28 por cento. Na Europa, o FTSEurofirst 300 subia 1,21 por cento. O futuro do norte-americano S&P-500 aumentava 0,22 por cento --2,90 pontos.

Em Tóquio, o Nikkei fechou em alta de 1,54 por cento. O índice da bolsa de Xangai, por sua vez, descolou e caiu 1,11 por cento, por preocupação com elevação de juros.

Entre as moedas, o euro apreciava-se 0,26 por cento, a 1,4399 dólar --ajudado ainda pela expectativa de mais aperto monetário na região no próximo mês. O índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas, recuava 0,23 por cento. Frente à moeda japonesa, o dólar oscilava ao redor da estabilidade, a 81,15 ienes.

No segmento de commodities, o petróleo negociado nas operações eletrônicas em Nova York avançava 0,79 por cento, a 93,62 dólares. Em Londres, o Brent verificava aumento de 0,70 por cento, a 109,54 dólares. Também na City londrina, o cobre era cotado em alta de 1,02 por cento.

Hoje os parlamentares gregos votam a estrutura geral do pacote e na quinta-feira ocorre a votação sobre a lei contendo medidas específicas para implementá-lo. Muitos analistas, contudo, apontam continuidade de incertezas no horizonte da zona do euro mesmo com a aprovação, além de outros fatores pouco animadores na cena global, com destaque para o desaquecimento da economia norte-americana.

Por Paula Arend Laier)

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresCrise gregaDívida públicaEuropaGréciaGrevesPiigs

Mais de Mercados

CVC sobe 7% na bolsa com poison pill e alta das ações domésticas

Em meio a pressão por boicotes, ação do Carrefour sobe 3,31%

O saldo final – e os vencedores – da temporada de balanços do 3º tri, segundo três análises

Warren Buffett doa US$ 1,1 bilhão em ações da Berkshire Hathaway: "Nunca quis criar uma dinastia"