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Reforma tributária, investimento estrangeiro e discurso de Powell: os assuntos que movem o mercado

No exterior, o Federal Reserve, será o centro das atenções com o discurso de Jerome Powell, que poderá indicar as direções futuras para a política monetária dos Estados Unidos

Powell: discurso do presidente do banco central americano será hoje à tarde (Al Drago/Getty Images)
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 4 de dezembro de 2024 às 07h34.

Última atualização em 4 de dezembro de 2024 às 07h36.

Na última terça-feira, 4 de dezembro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a Reforma Tributária está próxima de ser finalizada, com alguns detalhes restantes para o fechamento do parecer da regulamentação, que segue em tramitação no Senado. Haddad se reuniu com o senador e relator da proposta, Eduardo Braga (MDB-AM), e destacou que um dos itens já definidos é a cesta básica, com a isenção tributária para determinados produtos essenciais.

Os investidores estão atentos às novidades relacionadas à Reforma Tributária, que promete alterar o cenário fiscal do país. Segundo o ministro, a lista de produtos com isenção já está definida, e esse avanço é um dos pontos de consenso no Senado.

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Na manhã desta quarta-feira, o presidente Lula se encontrou com ministros e outras autoridades para discutir temas de grande importância econômica. Além de Haddad, o presidente reuniu-se com Carlos Lupi, da Previdência Social, Rui Costa, da Casa Civil, e com o próprio Braga, para avaliar o andamento da proposta. [Grifar] A expectativa é que a reforma seja concluída ainda neste ano.

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Na agenda do presidente, além das reuniões com ministros, estava prevista uma participação no Conselho Geral da Confederação Sindical Internacional (CSI). Esse encontro também gerou especulações sobre novas diretrizes para a economia brasileira.

Simplificação das regras de investimentos estrangeiros

Outra notícia importante para os investidores envolve a simplificação das regras para investimentos estrangeiros no Brasil. O Banco Central (BC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicaram, no dia 3 de dezembro, uma resolução conjunta que visa reduzir custos operacionais e tornar o mercado brasileiro mais atraente para investidores internacionais.

As mudanças entram em vigor em 1º de janeiro de 2025 e permitirão que pessoas físicas não residentes continuem a manter seus investimentos sem precisar resgatar ou encerrar posições quando mudarem de residência. [Grifar] A norma também cria critérios mais acessíveis para investidores não residentes, o que pode abrir novas portas para fluxos de capital. Veja o que foi anunciado aqui.

Expectativa de indicadores econômicos

Enquanto isso, os investidores internacionais aguardam com atenção os indicadores econômicos que serão divulgados hoje, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. No Brasil, o IBGE divulgará os dados da produção industrial de outubro, e a S&P Global publicará os índices PMI de serviços e o PMI composto de novembro, que são usados para avaliar o crescimento econômico.

No exterior, o Federal Reserve, banco central americano, será o centro das atenções com o discurso de Jerome Powell, que poderá indicar as direções futuras para a política monetária dos Estados Unidos. O discurso do presidente do Fed será 15h45 no horário de Brasília. Além disso, o U.S. Census Bureau e o ISM também divulgarão importantes dados sobre a indústria e o setor de serviços.

Coreia do Sul

Na Ásia, o cenário de incerteza foi acentuado por uma declaração de lei marcial na Coreia do Sul, que posteriormente foi revogada. A medida gerou uma onda de críticas e pressão pela renúncia do presidente Yoon Suk Yeol, levando a um clima de incerteza política que afetou o sentimento dos investidores na região.

O Partido Democrata, de oposição, acusa o presidente de cometer uma ilegalidade ao declarar a lei marcial, e o Banco da Coreia afirmou que tomará medidas para garantir a estabilidade do mercado, incluindo a ampliação da liquidez e ações no mercado de câmbio.

No geral, a tensão política na Coreia, somada aos desafios econômicos da China e a expectativa pelo retorno de Donald Trump, tem levado a uma postura cautelosa dos investidores em relação aos mercados asiáticos.

(Com agências)

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