Queda do dólar e alta da bolsa mostram confiança em Guedes, diz Bolsonaro
Dólar registrou a maior queda percentual diária em três meses e meio; Ibovespa fechou em alta de quase 4 por cento
Reuters
Publicado em 3 de outubro de 2018 às 09h32.
Última atualização em 3 de outubro de 2018 às 09h33.
São Paulo - O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro , afirmou que a alta da bolsa de valores e a queda do dólar registradas nesta terça-feira são uma demonstração de confiança em seu futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes, caso ele seja eleito.
"Isso (reação do mercado) em grande parte vem da confiança que eles têm no nosso, no que depender de mim, futuro ministro da Fazenda e do Planejamento", disse Bolsonaro em transmissão ao vivo no Facebook, explicando que o Planejamento será um subministério.
"Se o mercado reage dessa maneira é porque acredita na pessoa, na vida pregressa, no conhecimento, na capacidade do Paulo Guedes."
O Ibovespa fechou em alta de quase 4 por cento nesta terça, após pesquisa Ibope mostrar, na véspera, aumento da vantagem de Bolsonaro na liderança da corrida presidencial, em sessão com forte volume financeiro na bolsa paulista.
Já o dólar registrou a maior queda percentual diária em três meses e meio e fechou em 3,93 reais.
Pesquisa Datafolha divulgada nesta terça também apontou um aumento na vantagem de Bolsonaro, com 32 por cento das intenções de voto, contra 21 por cento do segundo colocado, Fernando Haddad (PT). Na transmissão desta terça, Bolsonaro, que recebeu alta do hospital no sábado após ser esfaqueado em 6 de setembro, fez elogios a propostas de Guedes, que se envolveu recentemente em polêmicas, como a possibilidade recriar um tributo nos moldes da CPMF.
"O Paulo Guedes tem uma proposta ousada para o Imposto de Renda... ele quer que quem ganha até 5 mil reais seja isento do Imposto de Renda", afirmou.
Bolsonaro aproveitou a transmissão para agradecer o apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), grupo que reúne 261 deputados federais e senadores que defendem pautas de interesse do setor, e também de lideranças evangélicas.
Ao lado do filho Flávio, candidato ao Senado pelo Rio de Janeiro, e do senador Magno Malta (PR-ES), o presidenciável do PSL listou uma série de propostas do PT, para criticá-las uma a uma.
Ele citou como metas petistas desmilitarização das polícias, revogação da Lei da Anistia, reforma agrária e regulação dos meios de comunicação, entre outras.
"A eleição está polarizada. Se houver segundo turno, não há dúvida de que será entre nós e Haddad. Vocês têm que ver o plano do PT, vamos discutir alguns itens que constam no plano de governo do PT", afirmou.
Ele disse ainda que se não estivesse na eleição, a disputa seria entre PT e PSDB, considerados por ele "irmãos siameses".
Ao final, Bolsonaro fez um apelo aos eleitores por uma vitória no primeiro turno da eleição, que acontecerá no domingo.
"Vamos caminhar um pouquinho mais, dá para a gente levar no primeiro turno", disse.