Raízen escolhe BTG, Bank of America, Citi e Credit Suisse para liderar IPO
Oferta pública inicial de ações da companhia deve ser um dos maiores do ano e levantar até 13 bilhões de reais, segundo fontes, que pediram anonimato
Reuters
Publicado em 29 de março de 2021 às 17h34.
Última atualização em 29 de março de 2021 às 17h47.
A Raízen, joint venture entre a Cosan e a Royal Dutch Shell, escolheu os bancos de investimento BTG Pactual, Bank of America, Citi e Credit Suisse como coordenadores de sua oferta pública inicial de ações ( IPO , na sigla em inglês), disseram três pessoas com conhecimento do assunto nesta segunda-feira.
O IPO da Raízen deve ser um dos maiores do ano e levantar até 13 bilhões de reais, segundo as fontes, que pediram anonimato para revelar discussões privadas.
A Raízen, que já é a maior produtora mundial de açúcar, também controla uma das maiores redes de postos de gasolina do país e é a quarta maior empresa do Brasil por receita líquida, que chegou a 120,5 bilhões de reais em 2019. Fica atrás apenas de Petrobras, Vale e JBS.
Procurados pela Reuters, a Raízen e os bancos não comentaram o assunto.
A Raízen pretende fazer a listagem apenas no Brasil, segundo uma das fontes, e espera fazer a transação entre junho e julho, usando números do balanço do primeiro trimestre.
Os quatro bancos de investimento escolhidos pela companhia serão os principais bancos, mas o sindicato deve ter também outras instituições ajudando na distribuição. Os outros bancos devem ser definidos nesta semana.
Uma das fontes disse que a Raízen pode atingir um valor de mercado de até 100 bilhões de reais. A joint venture comprou recentemente a Biosev SA, unidade de açúcar e álcool do grupo Louis Dreyfus, num negócio que será pago em dinheiro e ações.
Como parte do negócio, os acionistas da Biosev receberão 3,5% das ações preferenciais da Raízen, mais 1,49% de ações resgatáveis.
A Raízen é uma das interessadas na compra de refinarias que a estatal Petrobras colocou à venda. A empresa entregou oferta pela refinaria Repar, do estado do Paraná. Mas o processo foi cancelado e a Petrobras pretende relançá-lo em breve.