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Queda da Vale pesa no desempenho do Ibovespa

Moody's anuncia revisão de notas de 114 instituições financeiras e joga bolsas pra baixo

Ações do setor bancário espanhol apresentam forte queda, provocando o recuo do índice Ibex-35, após a advertência da Moody's  (Stan Honda/AFP)

Ações do setor bancário espanhol apresentam forte queda, provocando o recuo do índice Ibex-35, após a advertência da Moody's (Stan Honda/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2012 às 13h41.

São Paulo – Enquanto as principais bolsas da Europa amargavam o terreno negativo, o Ibovespa resistia próximo da estabilidade no início da tarde. O principal índice da bolsa brasileira subia para os 65.397 pontos, leve alta de 0,04%. Na semana, o desempenho é positivo em 2,3%.

Boa parte da aversão ao risco presente neste pregão tem origem na notícia de que a agência de classificação de risco americana Moody's anunciou que vai revisar a nota de 114 instituições financeiras europeias em 16 países, devido ao impacto negativo e prolongado da crise da zona do euro. Itália e Espanha serão os Estados-membros mais afetados pela revisão, respectivamente com 24 e 21 entidades sob supervisão da Moody's.

A agência explicou em comunicado que sua decisão, que segue uma prévia já anunciada em 19 de janeiro, se deve ao 'impacto negativo e prolongado da crise da zona do euro', combinado à deterioração da qualidade creditícia e os desafios enfrentados pelos bancos e sociedades de valores com atividades significativas no mercado de capitais.

Os papéis do setor bancário espanhol apresentam forte queda nesta quinta-feira em Madri, provocando o recuo do índice Ibex-35, após a advertência da Moody's de que analisa rebaixar no curto prazo as notas de 114 bancos europeus. Entre os pesos pesados do setor ameaçados pela Moody's com um rápido rebaixamento da sua nota estão os alemães Deutsche Bank e Commerzbank, os britânicos Royal Bank of Scotland e HSBC, o holandês ING, o espanhol Santander e o italiano Unicredit.

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Natura

As ações ordinárias da Natura (NATU3) assumiam a ponta positiva do Ibovespa, com uma valorização de 3,1% e negociadas a 42,29 reais. Em 2012, a alta dos papéis é de 16,5%.

O mercado repercute positivamente os números anunciados pela companhia. Em 2011, a companhia somou lucro líquido de 830,9 milhões de reais, alta de 11,7% na comparação com o ano anterior. A receita da companhia totalizou 5,5 bilhões de reais no ano passado, aumento de 8,9% em relação a 2010.

No último trimestre do ano, a Natura somou receita de 1,6 bilhão de reais. O lucro da companhia foi de 290,7 milhões de reais, 32,5% maior na comparação com o mesmo período de 2010.


Vale

Também repercutindo a temporada de resultados, as ações da Vale (VALE3; VALE5) operavam em queda. As ações ordinárias caíam 0,97%, enquanto as preferenciais classe A desvalorizavam 1,02%.

A Vale alcançou no quarto trimestre de 2011 um lucro líquido de US$ 4,672 bilhões. A receita operacional no trimestre chegou a US$ 14,755 bilhões. Já a geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou US$ 7,396 bilhões.

Em 2011, a mineradora alcançou um lucro líquido recorde de US$ 22,885 bilhões. Ainda no acumulado do ano, a receita operacional da mineradora chegou em US$ 60,389 bilhões, também valor recorde. O Ebitda, por sua vez, somou US$ 33,759 bilhões no ano passado.

Gerdau

A Gerdau registrou uma queda de 15% em seu lucro líquido em 2011 em relação a 2010. A empresa lucrou 2,098 bilhões de reais no ano passado. A receita líquida, por sua vez, cresceu 13% no ano e totalizou 35,4 bilhões de reais.

O ebitda caiu 11% em 2011 e atingiu 4,651 bilhões de reais. A empresa bateu seu recorde de vendas em 2011. As vendas físicas consolidadas atingiram 19,2 milhões de toneladas em 2011. A produção de aço bruto cresceu 10% em 2011. Em laminados, o crescimento foi de 11%. 

As ações preferenciais da Gerdau (GGBR4) valorizavam 1,5% na máxima do dia, negociadas a 17,46 reais. No ano, a alta destes papéis chega a 20%.

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