Bolsas: nesta terça-feira, o IBGE divulgou que o PIB do terceiro trimestre encolheu mais que o esperad (thinkstock)
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2015 às 10h34.
São Paulo - A ausência de melhora no cenário macroeconômico doméstico combinada com a escalada nas incertezas políticas mantêm o viés defensivo no mercado acionário brasileiro em dezembro, de acordo com estratégias de ações compiladas pela Reuters.
"A deterioração do ambiente político segue em curso dificultando o ajuste fiscal (...) Sem nenhuma solução - aparente - de curto prazo para resolver as contas públicas, achamos que os papéis vão continuar bem pressionados", disse o BTG Pactual, em nota a clientes.
Além dos efeitos do quadro político na cena fiscal, o Bradesco BBI também destacou que as expectativas de inflação atingiram o intervalo superior da meta do Banco Central, amparando expectativas de mais elevações de juros.
Enquanto estimativas do PIB e indicadores de emprego e de crédito continuam a se deteriorar. Nesta terça-feira, o IBGE divulgou que o PIB do terceiro trimestre encolheu mais que o esperado, com destaque para a fraqueza dos investimentos, em um sinal de que a recuperação da economia ainda está longe.
A possível alta dos juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve, aguardada para este mês, é mais um componente que pode adicionar volatilidade, reforçando o viés conservador entre estrategistas e analistas.
"Várias empresas no Brasil seguem enfrentando endividamento elevado e outras questões específicas a elas que afetam a confiança como um todo", acrescentou o Bradesco BBI, em nota a clientes.
De modo geral, o destaque nas carteiras foi o aumento na exposição à variação cambial, mais especificamente à expectativa de elevação do dólar sobre o real.
Para a equipe de analistas da BB Investimentos, a principal alteração no cenário interno para dezembro é a retomada da valorização do dólar, e nesse sentido eles incluíram as ações das exportaodoras Embraer e WEG, esta última ingressou mais cedo na primeira prévia do Ibovespa para 2016.
Na mesma linha, o BTG diz que elevou ainda mais a aposta sobre exportadoras, com a adição dos papéis da fabricante de celulose Fibria, além dos papéis já presentes Embraer, Suzano Papel e Celulose, São Martinho , enquanto Minerva entrou no lugar de Marfrig.