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Remy Sharp
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Principais BCs deixam mundo "à beira de uma recessão global"

Chefes do Federal Reserve, Banco Central Europeu e Banco da Inglaterra disseram que mais aumentos são prováveis no ano que vem

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Recessão global: Fed, BCE e BoE prevêm mais aumentos de juros (Leah Millis/Reuters)

Recessão global: Fed, BCE e BoE prevêm mais aumentos de juros (Leah Millis/Reuters)

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Bloomberg

Publicado em 16 de dezembro de 2022, 15h56.

Última atualização em 16 de dezembro de 2022, 16h14.

Os principais bancos centrais sinalizaram esta semana sua disposição de tolerar uma recessão global em 2023 e prometeram subir os juros ainda mais na luta contra a inflação.

Após cada um dos aumentos de meio ponto percentual, os chefes do Federal Reserve, Banco Central Europeu e Banco da Inglaterra disseram que mais aumentos são prováveis no ano que vem, mesmo reconhecendo que suas economias estão enfraquecendo.

O risco crescente é que um aperto monetário ainda maior após o maior arrocho em quatro décadas prejudicará tanto a demanda e as contratações que afundará a economia mundial em uma contração no ano que vem, logo após a crise causada pela pandemia.

“Estamos à beira de uma recessão global”, disse Ethan Harris, chefe de pesquisa de economia global do Bank of America.

A taxa de inflação mais rápida desde a década de 1980 alterou o que os economistas chamam de “função de reação” dos formuladores de política monetária, incluindo o presidente do Fed Jerome Powell. Normalmente, espera-se que eles afrouxem o crédito à medida que as economias desmoronam para limitar os danos às famílias e às empresas.

Mas com a alta de preços bem acima de suas metas de 2%, as autoridades dos principais BCs se movem na direção oposta, mesmo diante dos riscos econômicos. E eles insistem que os juros permanecerão mais altas por mais tempo para acabar com a inflação — embora muitos investidores apostem que essa postura não persistirá à medida que as economias cedem e o desemprego aumenta.

“Há uma sensação crescente entre os bancos centrais de que é preferível pecar pelo excesso”, disse Harris. “Eles não querem fazer de menos e depois ter de voltar a subir os juros mais adiante.”

O perigo é que eles cometam o erro oposto ao do ano passado.

Em 2021, eles subestimaram os perigos das crescentes pressões de preços com economias que ainda sofriam o impacto da pandemia. Isso permitiu que a inflação saísse do controle, levando à rápida reversão deste ano com enormes aumentos de juros.

Depois de serem criticados, as autoridades monetárias agora prometem manter sua luta contra a inflação, embora as pressões de preços possam estar começando a diminuir, especialmente para bens, à medida que as economias desaceleram e as cadeias de suprimentos se desobstruem.

Eles continuam particularmente preocupados com o risco de que expectativas de inflação e pressões elevadas se cristalizem, como aconteceu na década de 1970.

“Quanto mais tempo durar o atual surto de inflação alta, maior a chance de que as expectativas de inflação mais alta se consolidem”, disse Powell na quarta-feira.

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