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Primeiro fundo indexado ao bitcoin será cotado hoje em Wall Street

O ETF da ProShares, que acompanhará a evolução do mercado do bitcoin, começará a ser negociado nesta terça na NYSE sob a sigla BITO

Trata-se de um acontecimento muito esperado no universo das criptomoedas (SOPA Images/Getty Images)

Trata-se de um acontecimento muito esperado no universo das criptomoedas (SOPA Images/Getty Images)

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AFP

Publicado em 19 de outubro de 2021 às 06h21.

Última atualização em 19 de outubro de 2021 às 10h30.

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Os investidores terão a opção de aplicar em bitcoins a partir desta terça-feira, 19, na bolsa de Nova York, através de um fundo ETF que será indexado à evolução da popular criptomoeda pela primeira vez no mercado norte-americano.

Trata-se de um acontecimento muito esperado no universo das criptomoedas.

O ETF da ProShares, que acompanhará a evolução do mercado do bitcoin, começará a ser negociado nesta terça na NYSE sob a sigla BITO, informou a empresa especializada em um comunicado publicado nesta segunda (18).

Um porta-voz da NYSE confirmou à AFP que este primeiro fundo indexado ou ETF vinculado a uma criptomoeda será negociado a partir da abertura nesta terça-feira.

O ETF não vai investir diretamente em bitcoin, mas em contratos futuros vinculados à criptomoeda, informou a ProShares.

Nos ETF, os investidores podem comprar e vender a todo momento partes do fundo, diferentemente de outros instrumentos clássicos deste tipo, que têm janelas temporárias de entrada e saída.

Os ETF se desenvolveram de forma exponencial nos últimos anos e hoje totalizam mais de 5 trilhões de dólares somente nos Estados Unidos, representando 70% do mercado mundial destes tipo de produto.

"A ProShares, um dos principais provedores de ETF, prevê lançar (na terça) o primeiro ETF vinculado ao bitcoin nos Estados Unidos (...), uma etapa maior para os ETF", anunciou o fundo em um comunicado.

ETF atrelados ao bitcoin existem em Ásia, Canadá e Brasil, mas esta é a primeira vez que um será aberto na principal praça financeira do planeta.

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) não se opôs ao lançamento deste fundo, embora o tenha feito em casos anteriores.

No entanto, a SEC publicou um tuíte com uma advertência na semana passada, que reflete as dúvidas e críticas que estes novos ativos digitais suscitam.

"Antes de investir em um fundo que tem contrato futuro com bitcoins, assegure-se de ter pesado os riscos e os benefícios", escreveu o organismo.

Forte crescimento

"O BITO oferecerá aos investidores a possibilidade de se expor facilmente aos rendimentos do bitcoin, através de uma conta de corretagem (...), o que elimina a necessidade de uma em uma plataforma de intercâmbio de criptomoedas", acrescentou o grupo.

Impulsionado principalmente por esta expectativa dos investidores com este novo produto financeiro, o preço do bitcoin disparou nas últimas semanas, subindo 40% e aproximando-se de seu recorde histórico, alcançado há seis meses, de 64.870 dólares.

"Lembramos de 1993 e do primeiro ETF de ações; 2002 e do primeiro ETF de obrigações, e de 2004 no primeiro ETF de ouro. O ano de 2021 ficará na memória pelo primeiro ETF ligado a uma criptomoeda nos EUA", comemorou nesta segunda-feira o presidente da ProShares, Michael Sapir.

O mercado de criptoativos registra um crescimento "fenomenal", segundo o FMI, que avalia em mais de 2 trilhões de dólares a capitalização total de todos os criptoativos, na qual bitcoin e ether possuem os maiores percentuais do mercado.

Há seis meses a maior corretora de criptoativos norte-americana, a Coinbase, avaliada em cerca de 60 bilhões de dólares, realizou o seu IPO e começou a ser negociada na NASDAQ, utilizando o ticker COIN.

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