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Preocupação com recuperação da economia derruba o Ibovespa

De acordo com analistas, a contração da produção industrial brasileira levantou dúvidas sobre a recuperação da economia nacional

Contração de 2% na produção industrial de maio levanta preocupações com a recuperação econômica (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2013 às 09h32.

São Paulo -A forte queda do Ibovespa nesta terça-feira - o índice chegou a cair abaixo dos 45 mil pontos -, foi resultado de uma soma de fatores decepcionantes.

Segundo Bruno Piagentini e Marco Barbosa, analistas da Coinvalores, mais que a incredulidade relacionada às empresas do grupo EBX, a inesperada queda da produção industrial brasileira foi a responsável por derrubar o principal índice da bolsa.“Apesar do grupo de Eike Batista estar em foco nesta semana, a questão da produção industrial é mais contundente para explicar essa queda”, afirmam os dois analistas.

O IBGE divulgou na manhã de hoje uma contração de 2% na produção industrial do país em maio. Segundo Piagentini e Barbosa, o mercado esperava uma continuidade do bom momento e, somado a uma série de outros dados preocupantes, o fraco resultado da indústria levanta preocupações sobre a recuperação da economia brasileira.

Nesta segunda-feira, os dados da balança comercial já despertavam preocupação: oresultado comercial do semestre passado foi o pior para o período de janeiro a junho desde 1995.

De acordo como Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as importações somaram a cifra recorde de 117,516 bilhões de dólares entre janeiro e junho passado, 8,4% a mais do que em igual período de 2012.Já as exportações somaram 114,516 bilhões de dólares no período, com queda de 0,7%.

“O mercado esperava um cenário em que a atividade econômica seria estimulada via investimento, mas a forte queda no segmento de bens de capital gerou uma forte decepção”, explicam os analistas.

Além dos dados econômicos domésticos, pesam também sobre o índice o cenário internacional, que também não é dos melhores, e a situação política no Brasil. “As manifestações que tomaram as ruas em junho não podem ser desprezadas e a questão política pode vir a ser um componente do cenário econômico daqui pra frente”, afirmam Barbosa e Piagentini.

Apesar da forte queda da bolsa no pregão de hoje e dos dados econômicos decepcionantes, Bruno e Marco têm uma posição menos pessimista que a do mercado. “Ainda preferimos esperar os próximos dados de produção industrial para ver se é uma tendência ou se foi só pontual, mas pro resto da semana o Ibovespa deve se acomodar”, afirmam.

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São Paulo -A forte queda do Ibovespa nesta terça-feira - o índice chegou a cair abaixo dos 45 mil pontos -, foi resultado de uma soma de fatores decepcionantes.

Segundo Bruno Piagentini e Marco Barbosa, analistas da Coinvalores, mais que a incredulidade relacionada às empresas do grupo EBX, a inesperada queda da produção industrial brasileira foi a responsável por derrubar o principal índice da bolsa.“Apesar do grupo de Eike Batista estar em foco nesta semana, a questão da produção industrial é mais contundente para explicar essa queda”, afirmam os dois analistas.

O IBGE divulgou na manhã de hoje uma contração de 2% na produção industrial do país em maio. Segundo Piagentini e Barbosa, o mercado esperava uma continuidade do bom momento e, somado a uma série de outros dados preocupantes, o fraco resultado da indústria levanta preocupações sobre a recuperação da economia brasileira.

Nesta segunda-feira, os dados da balança comercial já despertavam preocupação: oresultado comercial do semestre passado foi o pior para o período de janeiro a junho desde 1995.

De acordo como Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as importações somaram a cifra recorde de 117,516 bilhões de dólares entre janeiro e junho passado, 8,4% a mais do que em igual período de 2012.Já as exportações somaram 114,516 bilhões de dólares no período, com queda de 0,7%.

“O mercado esperava um cenário em que a atividade econômica seria estimulada via investimento, mas a forte queda no segmento de bens de capital gerou uma forte decepção”, explicam os analistas.

Além dos dados econômicos domésticos, pesam também sobre o índice o cenário internacional, que também não é dos melhores, e a situação política no Brasil. “As manifestações que tomaram as ruas em junho não podem ser desprezadas e a questão política pode vir a ser um componente do cenário econômico daqui pra frente”, afirmam Barbosa e Piagentini.

Apesar da forte queda da bolsa no pregão de hoje e dos dados econômicos decepcionantes, Bruno e Marco têm uma posição menos pessimista que a do mercado. “Ainda preferimos esperar os próximos dados de produção industrial para ver se é uma tendência ou se foi só pontual, mas pro resto da semana o Ibovespa deve se acomodar”, afirmam.

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