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Preocupação com Europa sustenta aversão a risco

São Paulo - Com poucas razões para melhorar, o viés nos principais mercados financeiros globais seguia negativo nesta terça-feira. Ministros de finanças na zona do euro admitiram pela primeira vez a possibilidade de um default seletivo da Grécia e, depois de oito horas de conversações na segunda-feira, prometeram novas medidas "em breve". Mas há temores […]

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2011 às 08h22.

São Paulo - Com poucas razões para melhorar, o viés nos principais mercados financeiros globais seguia negativo nesta terça-feira. Ministros de finanças na zona do euro admitiram pela primeira vez a possibilidade de um default seletivo da Grécia e, depois de oito horas de conversações na segunda-feira, prometeram novas medidas "em breve". Mas há temores de que os esforços sejam irrelevantes. A expectativa para os resultados de testes de estresse dos bancos europeus que saem esta semana adicionava algum nervosismo.

Nos Estados Unidos, a Alcoa abriu a temporada de balanços com crescimento do lucro, mas o impasse sobre o orçamento do país também minava a confiança de investidores, bem como dados macroeconômicos sinalizando uma recuperação ainda frágil. O presidente Barack Obama e parlamentares republicanos e democradas voltam a se encontrar na Casa Branca nesta tarde para discutir a redução do déficit norte-americano e a elevação do limite da dívida.

O índice MSCI para ações globais caía 0,99 por cento às 7h50 e para emergentes, 1,96 por cento. O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão declinava 2,59 por cento. Na Europa, o FTSEurofirst 300 perdia 1,68 por cento. O futuro do norte-americano S&P-500 recuava 0,96 por cento --12,70 pontos.

Em Tóquio, o Nikkei cedeu 1,43 por cento. O índice da bolsa de Xangai registrou queda de 1,72 por cento.

No noticiário asiático, o Banco do Japão manteve o juro entre zero e 0,1% por unanimidade e revisou sua avaliação sobre a economia, influenciado por uma melhora na produção industrial e nas perspectivas de uma recuperação da confiança empresarial, que foram afetadas pelo terremoto de 11 de março. Também, o banco central chinês informou que os bancos chineses registraram 633 bilhões de iuans (US$ 98 bilhões) em novos empréstimos em junho, de acordo com o banco cent ral do país. O dado superou os 590 bilhões de iuans projetados por analistas e os 551,6 bilhões de iuans de maio. A medida M2 de oferta de dinheiro cresceu 15,9 por cento, frente à expansão de 15,1 por cento em maio e à expectativa de expansão de 15,2 por cento. O montante de empréstimos no mercado estava 16,9 por cento maior do que um ano atrás, totalizando 51,4 trilhões de iuans --em linha com o esperado.

Entre as moedas, o euro depreciava-se 0,73 por cento, a 1,3943 dólar, o que influenciava a alta de 0,39 por cento do índice DXY, que mede o valor do dólar em relação a uma cesta com as principais divisas globais. Frente à moeda japonesa, o dólar perdia 0,88 por cento, a 79,63 ienes. Nesse contexto, o petróleo era transacionado em queda de 0,97 por cento, a 94,23 dólares o barril, nas operações eletrônicas de Nova York. O Brent, em Londres, caía 1,55 por cento, a 115,42 dólares. Ainda na City londrina, o cobre recuava 0,42 por cento.

No Brasil, as atenções estarão voltadas para os dados do varejo nacional na pauta macroeconômica, enquanto, na cena corporativa, devem ser objeto de acompanhamento os desdobramentos da proposta de união entre Pão de Açúcar e os ativos do Carrefour no Brasil. O empresário Abílio Diniz, que controla o Grupo Pão de Açúcar, reúne-se hoje com o Conselho de Administração do Casino. Na véspera, uma fonte disse à Reuters que o governo iria retirar o seu apoio à operação.

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