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Por que as ações da Arezzo caíram após o anúncio de follow-on?

Papéis recuaram quase 3% na bolsa após companhia anunciar oferta de R$ 615 milhões

Objetivo do follow-on é acelerar o crescimento da Arezzo, tanto orgânico quanto inorgânico, via aquisições | Foto: Divulgação (Arezzo/Divulgação)
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Beatriz Quesada

Publicado em 27 de janeiro de 2022 às 19h18.

Última atualização em 27 de janeiro de 2022 às 19h27.

As ações da Arezzo (ARZZ3) caíram 2,74% nesta quinta-feira, 27, após a companhia anunciar uma oferta subsequente de ações ( follow-on ) para captar até R$ 830 milhões com a venda de 7,5 milhões novas ações.

O movimento de queda não significa que a oferta foi mal recebida, pelo contrário. Os analistas do Goldman Sachs reiteraram a recomendação de compra para os papéis após o anúncio da oferta, destacando que o novo capital é bem-vindo — ainda mais considerando que a Arezzo não é uma empresa endividada, com alavancagem alta.

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“Os novos fundos devem dar à empresa maior flexibilidade para perseguir seus planos de crescimento orgânico e potencial adicional de crescimento inorgânico, em sua ambição de construir uma casa de marcas em calçados e vestuário”, afirmaram os analistas em relatório.

Antes conhecida como uma companhia especializada em calçados, a Arezzo tem se posicionado como uma house of brands, um conglomerado com diferentes grifes, que incluem marcas como Schultz, Alexandre Birman e Ana Capri.

O que explica a queda dos papéis é um movimento considerado natural sempre que uma nova oferta é anunciada ao mercado. Os papéis passam por uma correção, com parte dos investidores vendendo as ações esperando comprar as ações com desconto na nova oferta.

Agentes do mercado ouvidos pela EXAME, apontam, no entanto, que a oferta é pequena para esse tipo de movimento e que os papéis continuam atrativos para a compra — especialmente após a queda de hoje.

Outro ponto levantado é de que a emissão de novas ações deve aumentar a liquidez da Arezzo na bolsa, tornando a ação mais atrativa.

Detalhes da oferta

A oferta é coordenada por Itaú, BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME ), Bofa, XP, Santander e UBS-BB. O preço será definido no dia 3 de fevereiro.

O objetivo do follow-on é acelerar o crescimento da Arezzo, tanto orgânico quanto inorgânico, via aquisições. Segundo noticiou oEXAME IN, estão no road map, aberturas de lojas, incremento da capacidade logística e tecnologia. As vendas online da companhia no terceiro trimestre de 2021 foram 271% superiores que as do mesmo período de 2019.

Além disso, a empresa também tem planos de investir na aquisição de unidades fabris, para apoiar seu crescimento em categorias específicas. Apesar de há muitos anos vender bolsas e sapatos, não possui uma fábrica para as bolsas —  exemplo de movimentos que podem fazer sentido.

Acompanhe tudo sobre:AçõesArezzobolsas-de-valoresFollow-on

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