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Popularidade do Clubhouse faz ações de empresa errada subirem 130%

A rede social do momento, que ganhou fama após comentários do bilionário Elon Musk, está beneficiando outra empresa

Clubhouse  (Florian Gaertner/Photothek/Getty Images)

Clubhouse (Florian Gaertner/Photothek/Getty Images)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 14 de fevereiro de 2021 às 11h14.

Enquanto os usuários desbravam a nova rede social do momento, a empresa Clubhouse Media Group também aproveita a onda de popularidade. Suas ações subiram 130% nos últimos cinco dias.

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O único problema é que essa é a empresa errada. Em seu LinkedIn, a Clubhouse Media Group já deixou o aviso: não temos relação com o aplicativo Clubhouse.

Na verdade, a empresa de Santa Monica, na Califórnia, é uma agência de marketing e entretenimento que administra "casas de criadores de conteúdo". Essas casas abrigam influenciadores que fazem vídeos virais para o TikTok, por exemplo. Algo bem diferente da rede que somente utiliza áudio e só entra quem tiver convite.

No entanto, desde o início de fevereiro, quando o bilionário Elon Musk comentou em seu Twitter sobre a rede social, as ações da outra Clubhouse sentiram o efeito. Em um momento no dia 1 de fevereiro, as ações do Clubhouse Media Group eram negociadas em alta de 117%.

Depois disso, investidores devem ter ligado os pontos, uma vez que as ações tiveram uma queda. O interesse (e a confusão) continua crescendo, pois logo o preço voltou a crescer e nessa semana atingiu o pico de 15,17 dólares.

A Clubhouse de verdade é uma empresa privada. O aplicativo, disponível apenas para IOS e com mais de 5 milhões de downloads, foi criado por Rohan Seth, ex-funcionário do Google, e por Paul Davidson, empresário do Vale do Silício.

No fim de 2020, foi avaliado em US$ 100 milhões — ainda distante de gigantes como Facebook e Twitter, mas um resultado notável. Atualmente, está avaliado em US$ 1 bilhão.

No sábado, 13, o aplicativo afirmou que está revisando suas práticas de proteção de dados, após um estudo do Observatório de Internet de Stanford dizer que continha falhas de segurança que deixava os dados dos usuários vulneráveis ao governo chinês.

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