Pokémon Go confunde analistas de bancos de investimento
A impressionante onda de popularidade do Pokémon Go está confundindo os analistas que cobrem a Nintendo para os maiores bancos de investimentos
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2016 às 20h27.
A impressionante onda de popularidade do Pokémon Go está confundindo os analistas que cobrem a Nintendo para os maiores bancos de investimentos do mundo.
Tomemos como exemplo Hiroyasu Eguchi, do Bank of America. Ele cortou sua classificação para a ação em abril e reduziu o preço-alvo em 6 de julho -- um dia antes do lançamento do Pokémon Go nos EUA e de as ações iniciarem uma disparada que mais do que dobrou seu preço em duas semanas.
Eguchi mudou de rumo nesta semana: na segunda-feira, elevou a ação para uma classificação de compra e estabeleceu um preço-alvo de quase duas vezes o nível atual.
Ele não é o único a correr atrás da bola. Uma semana antes do lançamento do Pokémon Go, Hirotoshi Murakami, da Mitsubishi UFJ Morgan Stanley Securities, deixou o preço-alvo da Nintendo no menor nível desde abril de 2015.
Depois que as ações subiram, Murakami voltou atrás e agora estima que as ações da empresa irão subir 71 por cento em relação ao fechamento desta terça-feira.
É difícil culpar os analistas por serem pegos de surpresa. A estreia desse jogo revolucionário pegou quase todo mundo de surpresa -- incluindo jornalistas do setor financeiro -- e a comunicação da Nintendo não ajudou.
A empresa com sede em Kyoto se manteve em silêncio por mais de duas semanas enquanto a estreia do jogo aumentava seu valor de mercado em US$ 20 bilhões.
E então, em um surpreendente anúncio após as 19 horas de sexta-feira em Tóquio, a empresa disse que o impacto dos lucros do jogo será limitado. Quando as ações voltaram a ser negociadas, na segunda-feira, tiveram a maior queda em 26 anos.
“Isso demonstra que não existe muita disciplina no mercado japonês em relação ao que você pode dizer, quando você pode dizer e como você tem que dizer de forma justa para todos”, disse Nicholas Benes, diretor representante do Board Director Training Institute, do Japão. “Precisamos de um pouco mais de disciplina em relação às normas que se propõem a regular uma divulgação justa”.
Outro ponto de exasperação para analistas e investidores é a falta de divulgação sobre o interesse financeiro da Nintendo no Pokémon Go.
A Nintendo não é a única dona do jogo, como os investidores podem ter pensado.
Na verdade, o jogo foi desenvolvido em conjunto pelas empresas Pokémon Co. e Niantic. A Nintendo possui cerca de um terço do Pokémon e afirma ter investido na Niantic no ano passado, mas não revelou o tamanho dessa participação.
Embora as empresas não sejam obrigadas a divulgar detalhes dos seus investimentos, com a omissão da Nintendo os analistas precisam tentar adivinhar um fluxo de receitas que possivelmente será bilionário.
David Gibson, da Macquarie Securities, estima que é de 13 por cento, enquanto Atul Goyal, da Jefferies Group, projeta que pode ser de 40 por cento a 50 por cento.
“A direção [da empresa] deixou muito a desejar em termos de uma comunicação adequada”, escreveu Goyal em nota a clientes, na terça-feira.
A impressionante onda de popularidade do Pokémon Go está confundindo os analistas que cobrem a Nintendo para os maiores bancos de investimentos do mundo.
Tomemos como exemplo Hiroyasu Eguchi, do Bank of America. Ele cortou sua classificação para a ação em abril e reduziu o preço-alvo em 6 de julho -- um dia antes do lançamento do Pokémon Go nos EUA e de as ações iniciarem uma disparada que mais do que dobrou seu preço em duas semanas.
Eguchi mudou de rumo nesta semana: na segunda-feira, elevou a ação para uma classificação de compra e estabeleceu um preço-alvo de quase duas vezes o nível atual.
Ele não é o único a correr atrás da bola. Uma semana antes do lançamento do Pokémon Go, Hirotoshi Murakami, da Mitsubishi UFJ Morgan Stanley Securities, deixou o preço-alvo da Nintendo no menor nível desde abril de 2015.
Depois que as ações subiram, Murakami voltou atrás e agora estima que as ações da empresa irão subir 71 por cento em relação ao fechamento desta terça-feira.
É difícil culpar os analistas por serem pegos de surpresa. A estreia desse jogo revolucionário pegou quase todo mundo de surpresa -- incluindo jornalistas do setor financeiro -- e a comunicação da Nintendo não ajudou.
A empresa com sede em Kyoto se manteve em silêncio por mais de duas semanas enquanto a estreia do jogo aumentava seu valor de mercado em US$ 20 bilhões.
E então, em um surpreendente anúncio após as 19 horas de sexta-feira em Tóquio, a empresa disse que o impacto dos lucros do jogo será limitado. Quando as ações voltaram a ser negociadas, na segunda-feira, tiveram a maior queda em 26 anos.
“Isso demonstra que não existe muita disciplina no mercado japonês em relação ao que você pode dizer, quando você pode dizer e como você tem que dizer de forma justa para todos”, disse Nicholas Benes, diretor representante do Board Director Training Institute, do Japão. “Precisamos de um pouco mais de disciplina em relação às normas que se propõem a regular uma divulgação justa”.
Outro ponto de exasperação para analistas e investidores é a falta de divulgação sobre o interesse financeiro da Nintendo no Pokémon Go.
A Nintendo não é a única dona do jogo, como os investidores podem ter pensado.
Na verdade, o jogo foi desenvolvido em conjunto pelas empresas Pokémon Co. e Niantic. A Nintendo possui cerca de um terço do Pokémon e afirma ter investido na Niantic no ano passado, mas não revelou o tamanho dessa participação.
Embora as empresas não sejam obrigadas a divulgar detalhes dos seus investimentos, com a omissão da Nintendo os analistas precisam tentar adivinhar um fluxo de receitas que possivelmente será bilionário.
David Gibson, da Macquarie Securities, estima que é de 13 por cento, enquanto Atul Goyal, da Jefferies Group, projeta que pode ser de 40 por cento a 50 por cento.
“A direção [da empresa] deixou muito a desejar em termos de uma comunicação adequada”, escreveu Goyal em nota a clientes, na terça-feira.