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Piora do cenário externo coloca o dólar acima de R$ 2

No balcão, o dólar à vista fechou a R$ 2,0170, com alta de 1,51%

Na mínima, o dólar foi a R$ 1,9990 e bateu R$ 2,0180 na máxima (Mark Wilson/Getty images)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2012 às 17h31.

São Paulo - A aversão ao risco em escala global empurrou os índices acionários para o vermelho e impulsionou o dólar . No mercado doméstico, a moeda norte-americana já abriu levemente acima de R$ 2,00 nesta quarta-feira e acompanhou a piora de humor dos investidores até o fechamento da sessão. Também sustentou o movimento do dólar a percepção de que o governo está confortável com o nível corrente da moeda, a esperada redução da taxa básica de juros nesta quarta-feira, e a disputa entre comprados e vendidos na véspera da formação da Ptax.

No balcão, o dólar à vista fechou a R$ 2,0170, com alta de 1,51%, em linha com a valorização registrada pelas principais divisas de exportadores de commodities. Na mínima, o dólar foi a R$ 1,9990 e bateu R$ 2,0180 na máxima. Na BM&F, a moeda spot encerrou a R$ 2,0143, em avanço de 1,04%. O giro financeiro total somava US$ 1,970 bilhão perto das 16h30 (US$ 1,643 bilhão em D+2). No final da tarde o dólar para junho de 2012 subia 1,13%, a R$ 2,016, cotação próxima do valor da moeda à vista, movimento considerado usual em face da proximidade da formação da Ptax, que ocorre nesta quinta-feira.

A preocupação com a situação na Espanha e os temores ligados à Grécia deprimiram o sentimento dos agentes financeiros nos mercados, alimentando a demanda dos investidores por dólares em detrimento de grande parte dos ativos de risco no mundo. Nos Estados Unidos, o recuo dos dados de moradias trouxeram mais apreensão.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, ao diário norte-americano The Wall Street Journal, que a recente desvalorização do real tem sido "boa" para o Brasil, mas acrescentou que as coisas "sempre podem melhorar".

Nesta quarta-feira, a equipe econômica saiu a campo para gerenciar as expectativas do mercado em relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No início da tarde, por meio da assessoria de imprensa, Mantega negou que estejam em estudo medidas cambiais, como a retirada do IOF sobre operações de derivativos cambiais e sobre aplicações de capital estrangeiro em renda fixa. Mais ao fim da tarde foi a vez do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, negar que o governo vá retirar a cobrança do IOF nas operações com derivativos cambiais. "Desconheço qualquer discussão de IOF de derivativos", citou. Ao ser questionado se o governo estava satisfeito com o IOF, Augustin disse que o IOF "está bem".

Um operador avaliou que a alta do dólar nesta quarta-feira embute a probabilidade de uma redução de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic, ante o nível corrente de 9% ao ano.

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São Paulo - A aversão ao risco em escala global empurrou os índices acionários para o vermelho e impulsionou o dólar . No mercado doméstico, a moeda norte-americana já abriu levemente acima de R$ 2,00 nesta quarta-feira e acompanhou a piora de humor dos investidores até o fechamento da sessão. Também sustentou o movimento do dólar a percepção de que o governo está confortável com o nível corrente da moeda, a esperada redução da taxa básica de juros nesta quarta-feira, e a disputa entre comprados e vendidos na véspera da formação da Ptax.

No balcão, o dólar à vista fechou a R$ 2,0170, com alta de 1,51%, em linha com a valorização registrada pelas principais divisas de exportadores de commodities. Na mínima, o dólar foi a R$ 1,9990 e bateu R$ 2,0180 na máxima. Na BM&F, a moeda spot encerrou a R$ 2,0143, em avanço de 1,04%. O giro financeiro total somava US$ 1,970 bilhão perto das 16h30 (US$ 1,643 bilhão em D+2). No final da tarde o dólar para junho de 2012 subia 1,13%, a R$ 2,016, cotação próxima do valor da moeda à vista, movimento considerado usual em face da proximidade da formação da Ptax, que ocorre nesta quinta-feira.

A preocupação com a situação na Espanha e os temores ligados à Grécia deprimiram o sentimento dos agentes financeiros nos mercados, alimentando a demanda dos investidores por dólares em detrimento de grande parte dos ativos de risco no mundo. Nos Estados Unidos, o recuo dos dados de moradias trouxeram mais apreensão.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, ao diário norte-americano The Wall Street Journal, que a recente desvalorização do real tem sido "boa" para o Brasil, mas acrescentou que as coisas "sempre podem melhorar".

Nesta quarta-feira, a equipe econômica saiu a campo para gerenciar as expectativas do mercado em relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No início da tarde, por meio da assessoria de imprensa, Mantega negou que estejam em estudo medidas cambiais, como a retirada do IOF sobre operações de derivativos cambiais e sobre aplicações de capital estrangeiro em renda fixa. Mais ao fim da tarde foi a vez do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, negar que o governo vá retirar a cobrança do IOF nas operações com derivativos cambiais. "Desconheço qualquer discussão de IOF de derivativos", citou. Ao ser questionado se o governo estava satisfeito com o IOF, Augustin disse que o IOF "está bem".

Um operador avaliou que a alta do dólar nesta quarta-feira embute a probabilidade de uma redução de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic, ante o nível corrente de 9% ao ano.

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