Pior perspectiva para balanços deve limitar rali, diz HSBC
Segundo analistas do banco,
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2014 às 18h17.
São Paulo - Ajustes na política econômica esperados para depois das eleições devem levar a um corte nas perspectivas para os resultados de empresas brasileiras, o que deve limitar a escalada futura da bolsa, afirmaram analistas do HSBC .
Expectativas de mudanças no governo ajudaram a levantar em 20 por cento o índice Ibovespa em reais e em 24 por cento o índice MSCI Brazil em dólares, referência para investidores estrangeiros, desde meados de março.
Tal movimento foi provocado por pesquisas mostrando queda da aprovação e da intenção de votos na presidente Dilma Rousseff em um momento de ceticismo do mercado sobre a condução da política econômica. A alta ocorreu sem que as previsões de lucros de empresas tenham mudado substancialmente.
Uma corrida eleitoral apertada e ajustes depois do pleito em outubro devem aumentar ainda mais o índice de retorno das ações, escreveram os analistas Andre Carvalho e Marina Valle. Contudo, o processo de ajuste na economia poderia resultar em deterioração de perspectivas para os resultados, conforme o Produto Interno Bruto brasileiro desacelera e riscos apontam para uma possível recessão.
"Esperamos que o momento positivo do mercado acionário no Brasil se prolongue um pouco mais. Entretanto, a reclassificação adicional de múltiplos pode ser parcialmente neutralizada pelo corte nas projeções de resultados", escreveram.
Os analistas afirmaram que as projeções de lucros do MSCI Brasil são muito otimistas e podem cair aproximadamente 9 pontos percentuais nos próximos meses para estarem consistentes com as previsões do PIB.
Além disso, estimam que o MSCI Brazil tem um potencial de alta adicional limitado à faixa de "4 a 21 por cento", considerando a reavaliação de múltiplos e a perspectiva de resultados piores.
As expectativas de crescimento do PIB brasileiro em 2014 caíram para 1,69 por cento na última pesquisa Focus do Banco Central, contra previsão de 2 por cento na última semana de 2013.
São Paulo - Ajustes na política econômica esperados para depois das eleições devem levar a um corte nas perspectivas para os resultados de empresas brasileiras, o que deve limitar a escalada futura da bolsa, afirmaram analistas do HSBC .
Expectativas de mudanças no governo ajudaram a levantar em 20 por cento o índice Ibovespa em reais e em 24 por cento o índice MSCI Brazil em dólares, referência para investidores estrangeiros, desde meados de março.
Tal movimento foi provocado por pesquisas mostrando queda da aprovação e da intenção de votos na presidente Dilma Rousseff em um momento de ceticismo do mercado sobre a condução da política econômica. A alta ocorreu sem que as previsões de lucros de empresas tenham mudado substancialmente.
Uma corrida eleitoral apertada e ajustes depois do pleito em outubro devem aumentar ainda mais o índice de retorno das ações, escreveram os analistas Andre Carvalho e Marina Valle. Contudo, o processo de ajuste na economia poderia resultar em deterioração de perspectivas para os resultados, conforme o Produto Interno Bruto brasileiro desacelera e riscos apontam para uma possível recessão.
"Esperamos que o momento positivo do mercado acionário no Brasil se prolongue um pouco mais. Entretanto, a reclassificação adicional de múltiplos pode ser parcialmente neutralizada pelo corte nas projeções de resultados", escreveram.
Os analistas afirmaram que as projeções de lucros do MSCI Brasil são muito otimistas e podem cair aproximadamente 9 pontos percentuais nos próximos meses para estarem consistentes com as previsões do PIB.
Além disso, estimam que o MSCI Brazil tem um potencial de alta adicional limitado à faixa de "4 a 21 por cento", considerando a reavaliação de múltiplos e a perspectiva de resultados piores.
As expectativas de crescimento do PIB brasileiro em 2014 caíram para 1,69 por cento na última pesquisa Focus do Banco Central, contra previsão de 2 por cento na última semana de 2013.