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Petróleo sobe e fecha no maior nível desde 30 de maio

O contrato do petróleo WTI para agosto subiu US$ 3,91, fechando a US$ 87,66 o barril

A AIE espera que o consumo de petróleo em 2011 seja 160.000 barris diários inferior ao da previsão anterior
 (Alexander Joe/AFP)

A AIE espera que o consumo de petróleo em 2011 seja 160.000 barris diários inferior ao da previsão anterior (Alexander Joe/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2012 às 17h22.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em alta nesta terça-feira, encerrando a sessão no maior nível em quase cinco semanas, em meio ao aumento nas tensões do Ocidente com o Irã.

O contrato do petróleo WTI para agosto subiu US$ 3,91 (4,67%), fechando a US$ 87,66 o barril, o maior nível desde 30 de maio. Na plataforma ICE, o petróleo do tipo Brent avançou US$ 3,34 (3,43%), fechando a US$ 100,68 o barril.

Os operadores não querem ser pegos descobertos caso a situação do Irã piore durante o feriado do Dia da Independência dos EUA na quinta-feira. "Estamos vendo alguma cobertura de vendas a descoberto antes do feriado", afirmou um analista. "A situação do Irã parece estar piorando cada vez mais", acrescentou.

O embargo europeu ao petróleo iraniano entrou em efeito no domingo e na segunda-feira um parlamentar do país afirmou que está sendo considerado um projeto de lei para bloquear o Estreito de Ormuz, por onde passam quase 40% do tráfego marítimo mundial de petróleo. Além disso, o Irã lançou uma série de testes com mísseis capazes de alcançar alvos em Israel.


Os EUA, por sua vez, levaram novas forças para o Golfo Pérsico para manter rotas marinhas abertas, em parte com o objetivo de salvaguardar o Estreito de Ormuz, segundo informações do New York Times. O movimento pretende, em parte, garantir a Israel que o governo norte-americano está levando a sério as discussões sobre o programa nuclear do Irã.

Enquanto isso, a greve dos trabalhadores do setor na Noruega continua afetando a produção no país. A paralisação causa uma redução de 15% na produção de petróleo (ou 230 mil barris diários) e 7% da produção de gás natural (11,9 milhões de metros cúbicos por dia), segundo a Associação da Indústria de Petróleo norueguesa.

"A retórica do Irã provavelmente é apenas blefe, mas é o tipo de turbulência que já causou altas nos preços do petróleo antes", afirma Tim Evans, analista da Citi Futures Perspective. Os ganhos do petróleo nesta terça-feira também foram impulsionados pelo avanço das bolsas de Nova York, a queda do dólar ante o euro e um dado sobre a indústria norte-americana.

O Departamento do Comércio revelou que as encomendas à indústria avançaram 0,7% em maio, para o valor ajustado sazonalmente de US$ 469,04 bilhões. A previsão dos economistas era de uma alta de 0,1%. Além disso, há expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) corte sua taxa básica de juros na quinta-feira, para tentar incentivar o crescimento na zona do euro. As informações são da Dow Jones.

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