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Petróleo opera em alta, com mercado de olho nos protestos no Irã

Manifestantes contrários ao governo tomaram as ruas do Irã ao longo dos últimos dias para protestar contra a situação econômica do país

Petróleo: Contratos futuros operam com ganhos, embora sem muito impulso (curraheeshutter/Thinkstock)

Petróleo: Contratos futuros operam com ganhos, embora sem muito impulso (curraheeshutter/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de janeiro de 2018 às 09h51.

Londres - Os contratos futuros de petróleo operam com ganhos, embora sem muito impulso, com investidores de olho nos protestos contra o governo do Irã.

Às 9h28 (de Brasília), o petróleo WTI para fevereiro subia 0,33%, a US$ 60,57 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para março tinha alta de 0,30%, a US$ 66,77 o barril, na ICE.

Manifestantes contrários ao governo tomaram as ruas do Irã ao longo dos últimos dias para protestar contra a situação econômica do país. Os protestos, que já deixaram mais de 20 mortos, trouxeram a volta do impulso pelo risco geopolítico para os preços do petróleo, em meio a temores de distúrbios civis que possam gerar problemas na oferta da república islâmica.

O "potencial de escalada no Irã" apoia os preços, afirmou Ole Hansen, diretor de estratégia de commodities do Saxo Bank. "Com o risco político conduzindo o mercado, é limitado o interesse por vender, antes de um potencial salto", acrescentou.

Os analistas do Commerzbank ponderam que até agora as manifestações não geraram nenhum impacto na produção e nos embarques de petróleo do país. Mas eles também acreditam que a situação poderia piorar, caso os EUA imponham novas sanções contra o regime iraniano ou desmantelem o acordo internacional de 2015 para controlar o programa nuclear de Teerã. "Isso justifica certo prêmio de risco no preço do petróleo, embora isso já esteja mais que suficientemente refletido no nível atual do preço."

Os distúrbios no Irã ocorrem enquanto os preços do petróleo têm ganhado impulso, nos últimos meses, ajudados pelo quadro geopolítico no Oriente Médio, por exemplo no Iraque, bem como pela queda nos estoques globais e pelo esforço prolongado da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para conter a produção.

Os preços, porém, podem enfrentar certa pressão de baixa, após na terça-feira o oleoduto Forties, no Mar do Norte, voltar a operar na sua integralidade. O oleoduto, que transporta 450 mil barris de petróleo por dia, foi fechado em meados de dezembro por causa de uma rachadura em uma tubulação, o que apoiou os preços na ocasião. Fonte: Dow Jones Newswires.

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