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Petróleo fecha em baixa após relatório da AIE

O relatório mensal da Agência Internacional de Energia apontou para uma queda da demanda pela commodity

Petróleo: a agência espera, agora, que a demanda cresça 1,5 milhão de barris por dia neste ano (Regis Duvignau/Reuters)

Petróleo: a agência espera, agora, que a demanda cresça 1,5 milhão de barris por dia neste ano (Regis Duvignau/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de novembro de 2017 às 19h45.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira, 14, em um movimento de realização de lucros cujo catalisador foi o relatório mensal da Agência Internacional de Energia (AIE), que aponta para uma queda da demanda pela commodity.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 1,87%, a US$ 55,70 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo tipo Brent para janeiro recuou 1,50%, a US$ 62,21.

Uma demanda mais forte do que o previsto foi uma das razões pelas quais os preços do petróleo avançaram cerca de 20% desde o início de setembro.

No entanto, no relatório mensal de novembro, a AIE aponta para uma redução nas perspectivas de crescimento da demanda de óleo cru em 100 mil barris por dia neste ano e no próximo, citando o impacto dos preços mais altos e o início do inverno no Hemisfério Norte.

A agência espera, agora, que a demanda cresça 1,5 milhão de barris por dia (bpd) neste ano e 1,3 milhão de bpd em 2018.

A mudança, embora modesta, foi suficiente para ajudar a desencadear um movimento de realização de lucros, visto que os preços da commodity atingiram, nos últimos dias, os valores mais altos em mais de dois anos.

O impulso veio da turbulência política no Oriente Médio e pelo apoio ao esforço contínuo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de eliminar cerca de 2% do suprimento global com a ajuda de produtores externos, como a Rússia.

"Durante todo o ano, a AIE vinha revisando sua previsão de demanda. Agora, ela está impondo um teto nesse entusiasmo", afirmou o presidente da Lipow Oil Associates, Andy Lipow.

"Como resultado, o mercado está sob pressão", afirmou. Nesta terça-feira, os contratos futuros de petróleo chegaram a cair mais de 2%.

Fonte: Dow Jones Newswires

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