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Petróleo fecha em alta de mais de 5% com cautela geopolítica e riscos à oferta em foco

O WTI para novembro fechou em alta de 5,77% (US$ 4,78), em US$ 87,69 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro subiu 5,69%

Petróleo: o WTI para novembro fechou em alta de 5,77% (US$ 4,78), em US$ 87,69 o barril (thinkstock/Thinkstock)
Bloomberg

Agência de notícias

Publicado em 13 de outubro de 2023 às 17h28.

Última atualização em 13 de outubro de 2023 às 18h04.

Os contratos futuros de petróleo registraram ganho forte , nesta sexta-feira, 13. Os temores com o conflito entre Israel e o Hamas e seus desdobramentos voltaram a influir. Além disso, sinais da China foram monitorados, com quadro econômico no país em geral modesto, mas alguns analistas destacando a força ainda existente na demanda local por commodities.

O WTI para novembro fechou em alta de 5,77% (US$ 4,78), em US$ 87,69 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro subiu 5,69% (US$ 4,89), a US$ 90,89 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

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Na comparação semanal, o WTI registrou alta de 5,92% e o Brent, de 7,46%. Israel informou à Organização das Nações Unidas que deseja a retirada em 24 horas de toda a população no norte da Faixa de Gaza.

A própria ONU alertava para o risco de consequências humanitárias "devastadoras", e o Hamas dizia que os palestinos não deveriam deixar suas casas. Enquanto isso, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, realizava um giro por países árabes, a fim de evitar que o conflito se alastre e possa envolver mais países ou outros grupos.

O grupo libanês Hezbollah reafirmou apoio ao Hamas, e houve relatos de trocas de tiros na fronteira entre Líbano e Israel. Nesse contexto, riscos à oferta estiveram em foco, apoiando os preços do óleo. Na agenda de indicadores, a China divulgou números em geral vistos como modestos, mas a Capital Economics destacava que a demanda do país por commodities continua forte, inclusive por combustíveis fósseis.

A mesma consultoria ainda via um quadro de "esperar para ver" nos mercados de energia, mas com chance de que, caso o conflito no Oriente Médio ganhe contornos mais regionais, isso possa provocar "grande perturbação na produção de petróleo".

O TD Securities, por sua vez, observava quadro levando a um prêmio de risco na cotação do petróleo, diante justamente dos temores de escalada regional. O banco citou em relatório a possibilidade de disseminação da violência por outras partes da região e também de que sanções contra o Irã sejam reforçadas. O país é um importante nome no setor, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

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