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Petróleo: bombardeios na Líbia sustentam os preços

Analistas acreditam que ataques contra Kadafi aumentaram as incertezas sobre o combustível

O preço do barril de petróleo voltou a fechar em alta nesta segunda-feira (AFP)

O preço do barril de petróleo voltou a fechar em alta nesta segunda-feira (AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2011 às 18h03.

Nova York - Os preços do petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira em Nova York, sob os efeitos dos ataques aéreos da coalizão internacional na Líbia, que parecem confirmar a ideia de uma crise prolongada naquele país.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA), para entrega em abril, terminou em 102,33 dólares, em alta de 1,26 dólar em relação à sexta-feira.

No Intercontinental Exchange de Londres, o barril do Brent do Mar do Norte para entrega em maio ganhou 1,03 dólar a 114,96 dólares.

"Até certo ponto o mercado antecipava que a oferta seria reduzida durante um tempo, mas a intervenção da ONU e das forças ocidentais fez subir os preços, porque (os operadores) acham que o conflito na Líbia será mais longo do que se pensa", comentou Matt Smith, da Summit Energy.

"Teme-se que isso complique mais as coisas. A reação do mercado é que a intervenção da ONU não faz senão aumentar a incerteza", acrescentou.

Os preços terminaram em baixa na sexta-feira, com os investidores aferrando-se à esperança de um cessar-fogo anunciado pelo governo líbio.

Mas a coalizão internacional, liderada por Estados Unidos, França e Grã-Bretanha entrou em ação sábado, bombardeando objetivos militares.

Os bombardeios buscavam, nesta segunda-feira, cortar as linhas de abastecimento das forças de Muamar Kadafi. No leste do país, região rica em petróleo, jornalistas da AFP viram dezenas de blindados destruídos nos ataques aéreos.

"Outros países árabes também são cenário de confrontos e alguns membros da Liga Árabe devem estar se perguntando se eles serão os próximos" objetivos, observou por sua vez Phil Flynn, de PFG Best.

No Iêmen, dezenas de oficiais anunciaram sua adesão à oposição ao presidente Ali Abdullah Saleh e, nesta segunda-feira, podia-se observar veículos blindados mobilizados em locais estratégicos da capital, Sanaa.

Na Síria, milhares de pessoas foram às ruas nesta segunda-feira, no sul do país, durante enterro de um manifestante morto domingo.

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