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Petrobras abre caminho para 1ª captação externa da QGEP

Depois que o custo de dívida das empresas de petróleo atingiu os menores níveis históricos, a QGEP quer tirar vantagem dos rendimentos e acessar o mercado internacional


	As ações da QGEP acumulam, desde junho, a maior alta do setor entre os concorrentes de mercados emergentes
 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

As ações da QGEP acumulam, desde junho, a maior alta do setor entre os concorrentes de mercados emergentes (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2012 às 07h46.

São Paulo - Um dos maiores argumentos de venda da QGEP Participações SA em sua primeira emissão de dívida poderá ser o seu maior parceiro, a Petróleo Brasileiro SA, segundo o Crédit Agricole SA.

Depois que o custo de dívida das empresas de petróleo e gás de mercados emergentes atingiu os menores níveis históricos, em outubro, a diretora financeira da QGEP, Paula Vasconcelos da Costa, disse este mês que a companhia quer tirar vantagem dos rendimentos “muito atraentes” para acessar o mercado internacional de capitais em meio aos seus planos de investir US$ 230 milhões em exploração de petróleo no próximo ano.

A QGOG Constellation SA, que também é controlada pela Queiroz Galvão SA, emitiu títulos de sete anos neste mês pagando 6,5 por cento, ou 3,07 pontos percentuais acima dos papéis da Petrobras para 2020.

Um spread similar permitiria à QGEP ter custos quase 5 pontos percentuais abaixo dos da OGX Petróleo e Gás Participações SA, segundo dados da Bloomberg. Os papéis de dívida da petrolífera de Eike Batista tiveram as maiores perdas do ano entre emissores brasileiros depois que a empresa cortou estimativas de produção.

As ações da QGEP acumulam, desde junho, a maior alta do setor entre os concorrentes de mercados emergentes. O sucesso da companhia no desenvolvimento da maior descoberta de petróleo da última década junto à Petrobras, mesmo com o corte da estimativa de produção da OGX, deve atrair o interesse dos investidores para os títulos, de acordo com o Crédit Agricole.

“Vimos como a outra unidade da Queiroz Galvão foi bem recebida”, disse Marco Aurélio de Sá, chefe de trading na corretora do Crédit Agricole em Miami, em entrevista por telefone. “Uma boa história de crédito, no caso relacionada às campanhas de perfuração da Petrobras, pode ser bem recebida. O mercado vai encarar de forma diferente em relação à OGX. Eles já têm um histórico.”

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