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Pesquisas eleitorais contrariam expectativas e bolsa recua

Pesquisas mostraram recuperação nas intenções de voto na presidente Dilma Rousseff na corrida presidencial


	Dilma Rousseff: presidente ainda está empatada tecnicamente no primeiro turno com Marina Silva
 (REUTERS/Paulo Whitaker)

Dilma Rousseff: presidente ainda está empatada tecnicamente no primeiro turno com Marina Silva (REUTERS/Paulo Whitaker)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 11h57.

São Paulo - A bolsa paulista recuava nesta quinta-feira em reação a pesquisas eleitorais que mostraram recuperação nas intenções de voto na presidente Dilma Rousseff na corrida presidencial, frustrando especulações de que a candidata do PSB, Marina Silva, abriria vantagem sobre a candidata petista ainda no primeiro turno.

O foco político levava o pregão local a se deslocar de praças financeiras no exterior, que repercutiam o corte de juros pelo Banco Central Europeu (BCE). Às 11h36, o Ibovespa recuava 0,44 por cento, a 61.562 pontos. O volume financeiro na sessão estava em 2,3 bilhões de reais.

Pesquisas Ibope e Datafolha divulgadas na quarta-feira mostraram Dilma e Marina empatadas tecnicamente no primeiro turno, mas com vitória da candidata do PSB em um eventual segundo turno.

Os dois levantamentos consolidaram Aécio Neves (PSDB) em uma distante terceira posição na preferência dos eleitores.

Ações de estatais que vêm reagindo à dinâmica eleitoral lideravam as perdas do índice, com Banco do Brasil à frente. Os papéis da Petrobras desaceleravam as perdas, mas ainda respondiam por peso relevante no declínio do Ibovespa.

Com Banco do Brasil e Petrobras acumulando altas expressivas no ano, há "gordura" para queimar e adotar uma posição mais conservadora, depois que as pesquisas mostraram que Marina não deve ganhar primeiro turno e que a briga irá indefinida para o segundo turno, disse um operador de renda variável de uma corretora em São Paulo, que preferiu não ser identificado.

No ano, BB acumula alta de cerca de 50 por cento e as preferenciais da Petrobras, de cerca de 45 por cento.

O foco no cenário eleitoral ofuscava anúncio da Petrobras na véspera, que declarou a comercialidade das áreas de Sul de Guará, Nordeste de Tupi e Florim, que integram o contrato da cessão onerosa estabelecido com o governo na época da última capitalização da empresa.

As ações de CCR e Ecorodovias, por sua vez, reagiam negativamente à decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que manteve a decisão que revogou as medidas liminares sobre pedágios em São Paulo.

Os papéis da BRF recuavam, um dia após a empresa confirmar acordo para vender suas unidades e marcas de lácteos para a Parmalat S.p.A. por 1,8 bilhão de reais. A notícia foi avaliada positivamente por analistas, mas jornais haviam antecipado a informação na véspera, quando o papel subiu 1,44 por cento.

As ações da Vale voltavam ao terreno negativo, após nova queda nos preços do minério de ferro. O BTG Pactual cortou a recomendação do ADR da mineradora para "neutra", citando redução da confiança na dinâmica de preços do minério e mudança do cenário eleitoral.

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