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Paralisação nos EUA mantém bolsas da Europa indefinidas

Enquanto o impasse no Congresso parece longe do fim, as bolsas europeias iniciam a semana "de lado"


	Euros: às 7h25 (pelo horário de Brasília), Londres subia 0,15%, Frankfurt caía 0,09%, Paris recuava 0,02%, Madri avançava 0,15% e Milão tinha queda de 0,05%
 (Philippe Huguen/AFP)

Euros: às 7h25 (pelo horário de Brasília), Londres subia 0,15%, Frankfurt caía 0,09%, Paris recuava 0,02%, Madri avançava 0,15% e Milão tinha queda de 0,05% (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2013 às 08h47.

São Paulo - As bolsas europeias iniciam a semana "de lado", enquanto a paralisação parcial do governo dos Estados Unidos prossegue e o impasse no Congresso parece longe do fim. Dados sobre a economia da China divulgados no fim de semana contribuem para a pressão sobre as ações na Europa, mas um indicador bom sobre a atividade industrial da zona do euro limita as perdas.

Durante o fim de semana as negociações entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e deputados republicanos não tiveram resultado, deixando para o Senado a tarefa de encontrar um acordo bipartidário. Esta segunda-feira, 14, é o 14º dia de paralisação parcial nos EUA e o prazo para elevação do limite de endividamento do governo - dia 17, quando a dívida norte-americana atingirá o teto de US$ 16,7 trilhões - está cada vez mais próximo.

"A ênfase agora mudou para as conversas destinadas a um acordo bipartidário no Senado. Isso é animador porque, como em 2011, as negociações mais construtivas sempre se dão entre o líder da maioria, o democrata Harry Reid, e o líder da minoria, o republicano Mitch McConnell", afirmou Guy Foster, diretor de estratégia de carteiras da Brewin Dolphin, que gerencia 25 bilhões de libras (US$ 41,51 bilhões) em ativos.

As notícias da Ásia também não conseguiram oferecer uma direção firme para as bolsas europeias. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China subiu 3,1% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, acima da alta anual de 2,9% prevista pelos economistas, o que foi interpretado como sinal de que a economia chinesa está ganhando força.

No entanto, as exportações da China caíram 0,3% em setembro, também em base anual, contrariando as estimativas de crescimento de 5,5%. A queda foi resultado de uma diminuição na demanda por produtos chineses da União Europeia, de Hong Kong, de Taiwan e de vários países em desenvolvimento. Por outro lado, as importações da China subiram 7,4% e superaram a previsão de +6,8%, o que sugere que a demanda doméstica está forte. Como resultado, o superávit comercial caiu para US$ 15,2 bilhões em setembro, de US$ 28,52 bilhões em agosto.

Um indicador econômico europeu, porém, limitou as perdas das bolsas da região. Segundo a Eurostat, a produção industrial da zona do euro subiu 1,0% em agosto ante julho e caiu 2,1% ante agosto do ano passado. O aumento mensal foi o maior em dois anos e os resultados vieram melhores que a previsão dos economistas, que era de alta mensal de 0,9% e queda anual de 2,6%.

O restante da sessão desta segunda-feira deve ser tranquilo, já que o volume de negócios provavelmente será baixo em consequência do feriado do Dia de Colombo nos EUA. Na agenda da Europa o destaque é a reunião dos ministros de Finanças da zona do euro, o Eurogrupo.

Às 7h25 (pelo horário de Brasília), Londres subia 0,15%, Frankfurt caía 0,09%, Paris recuava 0,02%, Madri avançava 0,15% e Milão tinha queda de 0,05%. No mercado de câmbio, o dólar caía para 98,24 ienes, de 98,60 ienes no fim da tarde de sexta-feira, 11, e o euro subia para US$ 1,3562, de US$ 1,3549.

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