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Para S&P, nota do país depende de êxito em concessões

Em junho, a agência de classificação de risco revisou a perspectiva do rating soberano do Brasil de "estável" para "negativa"

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 13h11.

Florianópolis - O sucesso do governo brasileiro em acelerar a pauta de concessões e privatizações será um fator "importantíssimo" para a manutenção do rating do país nos próximos anos. A avaliação é da presidente para o Brasil da Standard & Poor's (S&P), Regina Nunes.

Em junho, a agência de classificação de risco revisou a perspectiva do rating soberano do Brasil de "estável" para "negativa". Segundo Regina, a preocupação atual da S&P é com o ritmo mais lento de crescimento da economia por investimentos menores em um cenário de inflação alta.

"O país precisa de investimento para se diminuir o potencial de inflação em um momento de crescimento", explicou. E completou: "O que nos preocupa é o (baixo) investimento com o arcabouço tributário que temos".

Para a executiva, dificilmente o Brasil irá conseguir crescer de forma mais vigorosa sem que o governo consiga acelerar as concessões e privatizações.

Ela lembra que a taxa de investimento brasileira em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) já chegou a 22%, mas, atualmente, caiu para 18%. "O patamar de 22% ainda é baixo", ressaltou.

Regina menciona que grande parte da inflação atual vem da falta de infraestrutura no país, por isso, a pauta de concessões é importante para dinamizar a economia.

Mas alerta que apenas a realização dos leilões não adianta, é preciso saber em quanto tempo o investimento sairá e a qual custo. "Fazer uma concessão e ela não acontecer no prazo que deveria também não funciona. (...) Quando se fala em investimento, um atraso tem um peso fortíssimo."

Em sua palestra no 34º Congresso de Fundos de Pensão, nesta terça-feira, 10, Regina frisou que o Brasil tem hoje pouco espaço de manobra na política fiscal e não pode cair na tentação buscar políticas fiscais mais expansionistas para acelerar o investimento. Estratégia que poderia gerar um problema ainda maior de alta da inflação. "O crescimento não virá hoje de mais do mesmo", garantiu.

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