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Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2010 às 14h46.
SÃO PAULO, 1o de outubro (Reuters) - Os ativos domésticos
começaram o mês em alta, com a Bovespa retomando os 70 mil
pontos e o real nos maiores níveis em mais de dois anos ante o
dólar, apesar da volatilidade no exterior por dados
desencontrados nos Estados Unidos.
A blue chip Vale impulsionou o Ibovespa, em meio a
perspectivas positivas para os preços do minério de ferro
depois que a China divulgou fortes dados manufatureiros
referentes a setembro. O país asiático foi exceção, uma vez que
as fábricas europeias desaceleraram a produção no mês passado.
Já os contínuos ingressos de recursos levaram a moeda
norte-americana à sexta queda em sete sessões frente à divisa
brasileira.
O bom desempenho dos mercados locais se deu apesar da
volatilidade no cenário internacional, com dados sem direção
comum nos EUA sugerindo a necessidade de mais estímulos para
amparar a retomada econômica.
O crescimento no setor manufatureiro norte-americano
desaqueceu em setembro, ao passo que a inflação continou baixa.
Por outro lado, o consumo e o gasto com construção avançaram
acima do esperado, embora os investimentos em projetos
imobiliários privados tenham despencado à mínima em mais de 12
anos.
As bolsas de valores demoraram a cravar rumo, mas a busca
por ações ligadas a matérias-primas levou os índices ao azul.
Na Europa, contudo, prevaleceu a parte negativa da agenda, com
o FTSEurofirst 300 recuando ao menor patamar de
encerramento em um mês.
Segundo analistas, os mercados devem permanecer atentos a
uma possível injeção de liquidez por parte do Federal Reserve
na economia norte-americana. Tal expectativa --reforçada pelo
alerta do presidente do Fed de Nova York, William Dudley--
derrubou o dólar ao piso desde janeiro ante uma cesta de moedas
, recuando também à mínima em seis meses contra o euro.
Na pauta interna, o destaque ficou por conta da produção
industrial relativa a agosto, que contrariou previsões
otimistas e recuou 0,1 por cento na comparação mensal. O número
indicou alguma acomodação na atividade e favoreceu a queda nos
DIs da BM&FBovespa.
Ainda, as vendas de veículos novos recuaram a 307.043
unidades em setembro, em queda de 1,84 por cento sobre o mês
anterior.
Por fim, a balança comercial brasileira registrou um
superávit de 1,093 bilhão de dólares em setembro, o menor saldo
em seis meses e abaixo do esperado por analistas
[ID:nN01253172].
Veja como terminaram os principais mercados nesta
sexta-feira:
CÂMBIO
O dólar fechou a 1,681 real, em queda de 0,65 por cento em
relação ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa subiu 1,15 por cento, a 70.229 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 7,56 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros avançou 1,41 por
cento, para 35.533 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2011 apontava 11,43 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,50 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3789 dólar, ante
1,3630 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, avançava para 138,688 por cento do valor de face,
oferecendo rendimento de 2,501 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil recuava 5 pontos, a 202 pontos-básicos. O
EMBI+ cedia 6 pontos, a 271 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones subiu 0,39 por cento, a 10.829
pontos, o S&P 500 ganhou 0,44 por cento, a 1.146 pontos.
O Nasdaq Composite teve oscilação positiva de 0,09 por
cento, aos 2.370 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
1,61 dólar, ou 2,01 por cento, a 81,58 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, estava praticamente estável, oferecendo
rendimento de 2,513 por cento ante 2,512 por cento no
fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por José de Castro; Edição de Cesar Bianconi)