SÃO PAULO, 12 de janeiro (Reuters) - O tom era positivo nas
principais praças financeiras globais nesta quarta-feira, com o
humor de investidores beneficiado por expectativas de que
líderes europeus aumentem o tamanho de um fundo de resgate da
região. O êxito de Portugal em um leilão de títulos públicos
locais também dava suporte.

Nos holofotes do mercado havia alguns dias, o leilão de
bônus soberanos portugueses obteve forte demanda, com Lisboa
vendendo todos os papéis, no equivalente a 1,249 bilhão de
euros. Além disso, os yields para os contratos de 10 anos
recuaram, sinalizando alguma resiliência na capacidade do país
de acessar os mercados de dívida.

Os agentes repercutiam ainda conversas de que os ministros
de Finanças da zona do euro, que se reunirão na próxima semana,
discutirão o aumento do fundo de resgate do bloco, numa
tentativa de acalmar as tensões do mercado.

Nesse contexto, os ativos europeus se valorizavam. O euro
era cotado acima de 1,30 dólar, enquanto o principal índice das
ações do continente subia ao maior nível desde
setembro de 2008.

As bolsas de valores globais avançavam,
amparadas pelos mercados emergentes . O Ibovespa
superava os 71 mil pontos, ao passo que os principaés índices
acionários em Nova York também exibiÿam alta.

O maior apetite pop risco direcionava o dólar para baixo no
exterior e no Brasil, ajudando a impulsionar os futuros
do petróleo.

Investidores locais souberam que o fluxo cambial somou
4,099 bilhões de dólares na primeira semana do ano, período em
que o Banco Central incorporou às reservas internacionais 1,364
bilhão de dólares via leilões de câmbio, informou a autoridade
monetária [ID:nN12194093].

Na mesma ocasião, o BC divulgou que seu Índice de Atividade
Econômica (IBC-Br) subiu 0,42 por cento em novembro sobre
outubro e 5,23 por cento ante um ano atrás [ID:nN12191935].

As projeções de juros mostravam elevação, refletindo a alta
de 1,1 por cento nas vendas no varejo doméstico em novembro
ante outubro, acima das previsões de analistas consultados pela
Reuters, que estimavam ganho de 0,55 por cento. Segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o
varejo deve terminar 2010 com crescimento recorde
[ID:nN12172635].

Veja a variação dos principais mercados nesta
quarta-feira:

CÂMBIO

O dólar era cotado a 1,679 real, em queda de 0,47 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subia 0,92 por cento, para 71.071 pontos. O
volume financeiro na bolsa era de 1,99 bilhão de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros ganhava 0,83 por
cento, a 37.329 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 12,26 por cento ao ano, ante
12,23 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3036 dólar, ante
1,2975 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, se mantinha estável a 135,938 por cento do valor de face,
oferecendo rendimento de 2,621 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 5 pontos, para 163 pontos-básicos. O
EMBI+ cedia 9 pontos, a 230 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones avançava 0,52 por cento, a 11.732
pontos; o S&P 500 tinha alta de 0,52 por cento, a 1.281
pontos, e o Nasdaq apreciava-se 0,3 por cento, a 2.725
pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
registrava ganho de 0,63 dólar, ou 0,69 por cento, a 91,74
dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, recuava, oferecendo rendimento de 3,39
por cento ante 3,34 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por José de Castro; Edição de Silvio Cascione)