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Oriente Médio mina humor nas bolsas e eleva petróleo

O contrato de petróleo subia 7,7 por cento às 8h20, a 92,84 dólares, nas operações eletrônicas em Nova York, renovando máximas em mais de 2 anos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2011 às 10h38.

São Paulo - A deterioração na cena geopolítica com o aumento da violência na Líbia ampliava a aversão a risco no ambiente financeiro global nesta terça-feira, enquanto o petróleo disparava por preocupações de que os tumultos possam reduzir ainda mais a produção da commodity naquele país e de que situações similares sejam observadas em outros importantes produtores no Norte da África e Oriente Médio.

O contrato de petróleo subia 7,7 por cento às 8h20, a 92,84 dólares, nas operações eletrônicas em Nova York, renovando máximas em mais de 2 anos. Em Londres, o Brent era transacionado a 107,44 dólares, com valorização de 1,67 por cento.

O mercado acionário registrava perdas ao redor do mundo, com as companhias aéreas entre as maiores quedas tanto na Ásia como na Europa, em meio a temores sobre os desdobramentos da tensão no Oriente Médio. O índice MSCI global <.MIWD00000PUS> declinava 0,74 por cento e para emergentes <.MSCIEF> recuava 1,56 por cento. O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão <.MIAPJ0000PUS> registrava baixa de 1,95 por cento.

Na Europa, o FTSEurofirst 300 <.FTEU3> cedia 0,89 por cento, enquanto nos Estados Unidos --que reabre hoje os mercados após feriado na segunda-feira-- o contrato futuro do S&P-500 registrava decréscimo de 1,33 por cento --17,90 pontos. Dados norte-americanos sobre confiança do consumidor e setor imobiliário são aguardados nesta sessão.

Em Tóquio, o Nikkei <.N225> caiu 1,78 por cento, em jornada que também contou com a revisão para baixo da perspectiva de rating do país pela Moody's --de estável para negativa. O índice da bolsa de Xangai <.SSEC> cedeu 2,62 por cento.

Nesse cenário, o índice DXY <.DXY>, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais, avançava 0,21 por cento, influenciado pela queda de 0,31 por cento do euro , a 1,3634 dólares. A moeda norte-americana, contudo, depreciava-se 0,24 por cento, a 82,95 ienes .

O quadro internacional tende a prevalecer sobre a cena doméstica, que traz nesta jornada o importante IPCA-15 de fevereiro --última leitura desse indicador usado pelo Banco Central para balizar decisões de política monetária a ser conhecida antes da reunião de março do Copom, na próxima semana. Da cena corporativa, os resultados de Itaú Unibanco e TIM devem ser analisados ao longo da sessão.

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,668 real, em alta de 0,24 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA <.BVSP>

O Ibovespa caiu 1,19 por cento, para 67.258 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 6,62 bilhões de reais, sendo 2,29 bilhões de reais referentes ao exercício de opções sobre ações.

JUROS <0#2DIJ:>

No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,40 por cento ao ano, ante 12,37 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3676 dólar, ante 1,3694 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia a 133,938 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,873 por cento ao ano.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo teve acréscimo de 5,22 dólares, a 91,42 dólares por barril.

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