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PANORAMA1-Mercado local repercute IOF, com BC japonês no radar

SÃO PAULO, 5 de outubro (Reuters) - Investidores no mercado local devem repercutir o anúncio de aumento da alíquota de IOF sobre aplicações estrangeiras em renda fixa de 2 para 4 por cento a partir desta terça-feira, realizado na véspera, após o fechamento dos mercados, a fim de amenizar a apreciação do real ante o […]

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2010 às 05h11.

SÃO PAULO, 5 de outubro (Reuters) - Investidores no mercado
local devem repercutir o anúncio de aumento da alíquota de IOF
sobre aplicações estrangeiras em renda fixa de 2 para 4 por
cento a partir desta terça-feira, realizado na véspera, após o
fechamento dos mercados, a fim de amenizar a apreciação do real
ante o dólar.

Na semana passada, muitos agentes anteciparam-se a uma
eventual medida, aguardando uma decisão após o resultado da
eleição presidencial. A confirmação de um segundo turno na
disputa chegou a gerar expectativa entre alguns analistas de
que nada viria nas próximas semanas. O governo preferiu não
esperar [ID:nN05169411].

No exterior, destaque é para o Banco do Japão, que reduziu
sua taxa básica de juro de 0,1 por cento para zero e elevou em
5 trilhões de ienes (60 bilhões de dólares) a oferta de
recursos para compra de ativos, totalizando em 35 trilhões de
ienes.

A decisão levou à queda da moeda japonesa ante o dólar, que
chegou a ser negociado a 83,25 ienes na mínima, antes da
decisão e a 83,98 ienes máxima, mas o movimento mostrava alguma
estabilização por volta das 8h, com o dólar sendo negociado a
83,44 ienes, estável.

O índice acionário Nikkei encerrou o dia em Tóquio
com elevação de 1,47 por cento, a maior alta em quase três
semanas.

A notícia imprimiu um tom benigno nas praças financeiras
globais como um todo, embora a expectativa para os dados do
mercado de trabalho norte-americano previstos para a
sexta-feira ainda alimente alguma cautela nos negócios.

O índice MSCI para ações globais avançava
apenas 0,25 por cento, enquanto o para ações emergentes
recuava 0,19 por cento.

Na Europa, o FTSEurofirst 300 ganhava 0,12 por
cento, mesma direção dos futuros acionários em Wall Street,
onde o contrato do S&P 500 verificava acréscimo de 2,60
pontos.

Indicadores sobre o setor de serviço na Europa também
mereceram atenção, com o holofote agora voltando-se para os
Estados Unidos, onde também está previsto desempenho de
setembro do setor de serviços apurado pelo Instituto de Gestão
do Fornecimento (ISM).

Declarações do chairman do Fed sobre novas compras de
ativos na véspera também eram analisadas, respingando inclusive
no dólar, que recuava 0,47 por cento ante uma cesta de divisas
globais. O euro valorizava-se 0,7 por cento, a 1,3778 dólar.

Ben Bernanke disse na segunda-feira que as compras de
ativos pela autoridade monetária reduziram custos de
empréstimos e ajudaram a economia, e que mais compras poderiam
aliviar ainda mais as condições financeiras [ID:nN05169361].

Entre as commodities, o petróleo aumentava 0,69 por cento,
a 82,03 dólares o barril, nas operações eletrônicas em Nova
York.

Para ver a agenda do dia, clique [ID:nN04126674]

Veja como terminaram os principais mercados na
segunda-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1,692 real, em alta de 0,65 por cento em
relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 0,22 por cento, a 70.384 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 5,86 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros recuou 0,19 por
cento, a 35.465 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,42 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,44 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3682 dólar, ante
1,3789 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, mostrava estabilidade, a 138,688 por cento do valor de
face, oferecendo rendimento de 2,497 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil subia 1 ponto, a 204 pontos-básicos. O EMBI+
avançava 1 ponto, a 275 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones recuou 0,72 por cento, para
10.751 pontos. O Nasdaq caiu 1,11 por cento, para 2.344
pontos. O S&P 500 perdeu 0,80 por cento, a 1.137 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
caiu 0,11 dólar, a 81,47 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,479
por cento ante 2,513 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por Paula Arend Laier; Edição de Vanessa Stelzer)

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