PANORAMA1-Mercado de trabalho nos EUA e Bernanke ocupam atenções
SÃO PAULO, 7 de janeiro (Reuters) - A primeira sexta-feira de 2011 reserva eventos importantes no cenário externo, como a aguardada divulgação do relatório de emprego de dezembro produzido pelo governo dos Estados Unidos e o discurso do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, no Senado norte-americano. Os últimos indicadores econômicos deram suporte a expectativas […]
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2011 às 06h53.
SÃO PAULO, 7 de janeiro (Reuters) - A primeira sexta-feira
de 2011 reserva eventos importantes no cenário externo, como a
aguardada divulgação do relatório de emprego de dezembro
produzido pelo governo dos Estados Unidos e o discurso do
chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, no Senado
norte-americano.
Os últimos indicadores econômicos deram suporte a
expectativas otimistas para os dados do mercado de trabalho
daquele país, que agora precisam confirmar as otimistas
projeções que apontam a maior geração de vagas em sete meses --
175 mil novos postos.
Bernanke, por sua vez, enfrentará uma nova maioria
republicana cética sobre a última tentativa do Fed para
estimular a economia dos EUA e --criticado por manter um
cenário otimista enquanto a crise imobiliária se aprofundava--
deve garantir que a tendência de crescimento está firme antes
de exaltá-la.
À espera disso --e após ganhos no início da semana--, a
cautela predominava nas praças acionárias. O índice MSCI para
ações globais cedia 0,31 por cento e o para emergentes recuava
0,71 por cento.
Os pregões europeus chegaram a registrar ganhos, mas o
índice FTSEurofirst 300 reverteu o movimento e registrava queda
de 0,36 por cento. Também o contrato futuro do S&P 500 perdia
1,5 ponto.
Na Ásia, a antecipação de resultados corporativos na
temporada de balanços por vir ajudou o índice da bolsa de
Xangai a fechar com alta de 0,52 por cento. Em Tóquio, o Nikkei
também subiu, 0,11 por cento, ajudado pelo desempenho do
mercado chinês.
Entre as moedas, o índice DXY, que mede o valor do dólar
ante uma cesta de divisas, chegou a bater a máxima em um mês e
subia 0,25 por cento. Ante o iene, o dólar valorizava-se 0,23
por cento, a 83,57 ienes. O euro cedia 0,19 por cento, a 1,2981
dólar.
No segmento de commodities, o petróleo mostrava leve
elevação, de 0,31 dólar, a 88,68 dólares o barril, nas
operações eletrônicas em Nova York.
No Brasil, a agenda também traz divulgação importante: o
IPCA de dezembro, que deve mostrar desaceleração. As 13
projeções apuradas pela Reuters para o indicador variaram de
alta de 0,57 a 0,62 por cento, com mediana em 0,59 por cento.
Em novembro, o indicador subiu 0,83 por cento.
Desta vez, contudo, o INPC --divulgado junto com o IPCA--
merece atenção particular, em razão das discussões sobre o
reajuste do salário mínimo dos atuais 540 reais definidos ainda
no governo Lula. O ex-presidente assinou medida provisória com
alta de 5,88 por cento para o mínimo sem conhecer o INPC
fechado de 2010, usado para calcular o reajuste.
Veja a variação dos principais mercados na quinta-feira:
CÂMBIO
O dólar terminou a 1,688 real, em alta de 0,78 por cento
frente ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa caiu 0,72 por cento, para 70.578 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 7 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros recuava 1,54 por
cento pouco antes do fechamento, a 36.777 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 12,09 por cento ao ano,
estável ante o ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3003 dólar, ante
1,3151 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
recuava a 135,250 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,782 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil cedia 1 ponto, para 163 pontos-básicos. O
EMBI+ subia 5 pontos, a 226 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
A quase meia hora do fechamento, o índice Dow Jones
recuava 0,38 por cento, para 11.678 pontos; o Standard & Poor's
500 caía 0,36 por cento, a 1.272 pontos, mas o Nasdaq
subia 0,14 por cento, a 2.705 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
perdeu 1,92 dólar, a 88,38 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, avançava, oferecendo rendimento de 3,415
por cento ante 3,463 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Reportagem de Paula Arend Laier; Edição de Vanessa
Stelzer)