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China confirma alivio menor da inflação e alta do PIB

SÃO PAULO - Dados oficiais sobre a economia da China reforçando a perspectiva de mais aperto monetário naquele país repercutiam nas principais praças financeiras internacionais nesta quinta-feira. Conforme "vazou" na véspera, a inflação ao consumidor desacelerou em dezembro menos do que o esperado e o PIB do quarto trimestre acelerou acima do previsto por analistas. […]

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2011 às 08h06.

SÃO PAULO - Dados oficiais sobre a economia da China reforçando a perspectiva de mais aperto monetário naquele país repercutiam nas principais praças financeiras internacionais nesta quinta-feira. Conforme "vazou" na véspera, a inflação ao consumidor desacelerou em dezembro menos do que o esperado e o PIB do quarto trimestre acelerou acima do previsto por analistas.

O PIB da China fechou 2010 com expansão de 10,3 por cento, ante previsão de crescimento de 10,2 por cento. Apenas no quarto trimestre, a alta foi de 9,8 por cento, acima da expectativa de 9,2 por cento e do avanço de 9,6 por cento no terceiro trimestre.

A inflação anual ao consumidor chinês desacelerou a 4,6 por cento em dezembro, ante 5,1 por cento em novembro, segundo a agência nacional de estatísticas do país (NBS), acima dos 4,4 por cento esperados. E fechou 2010 com taxa igual a 3,3 por cento. Os preços ao produtor subiram 5,9 por cento ante 6,1 por cento em novembro e prognóstico de alta de 5,6 por cento. No ano, avançou 5,5 por cento.

Tais indicadores davam suporte a uma correção nos mercados de commodities --com o petróleo recuando 0,22 dólar, a 90,62 dólares, nas operações eletrônicas em Nova York às 7h45, enquanto o cobre desvalorizava-se --e contaminavam índices acionários ao redor do mundo, embora a pressão tenha diminuído.

O MSCI para ações globais declinava 0,44 por cento e o para emergentes perdia 1,06 por cento. O MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão registrava decréscimo de 1,43 por cento. Na Europa, contudo, FTSEurofirst 300 praticamente zerou as perdas, com queda de apenas 0,18 por cento. O contrato futuro do S&P 500 caía 0,30 ponto.

Os últimos resultados corporativos norte-americanos também afetavam os negócios e, inclusive, a frustração com alguns números na véspera contaminou os pregões na Ásia, onde o Nikkei recuou 1,13 por cento em Tóquio. O índice da bolsa de Xangai encerrou em baixa de 2,92 por cento. Nesta sessão, Google, AMD e Morgan Stanley, entre outros, estarão sob os holofotes.

Também merecem atenção dados de emprego, moradia e atividade manufatureira regional nos EUA, além do indicador antecedente norte-americano.

No segmento cambial, o índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais moedas globais, situava-se ao redor da estabilidade, com declínio de 0,03 por cento. Também com oscilação tímida, o euro apreciava-se 0,01 por cento, a 1,3480 dólar. Ante a divisa japonesa , o dólar subia 0,24 por cento, a 82,20 ienes.

No Brasil, o Banco Central confirmou na véspera as expectativas e elevou a Selic para 11,25 por cento, com votação unânime. No comunicado que acompanhou o anúncio da decisão, explicou que estava "dando início a um processo de ajuste da taxa básica de juros, cujos efeitos, somados aos de ações macroprudenciais, contribuirão para que a inflação convirja para a trajetória de metas".

Na pauta local, dados da indústria da Conferederação Nacional da Indústria (CNI) e o resultado da arrecadação federal.

Veja a agenda com os principais indicadores do dia.

Veja a variação dos principais mercados na quarta-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,673 real, em queda de 0,30 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa caiu 1,21 por cento, para 70.058 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 5,92 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros cedeu 1,49 por cento, a 36.829 pontos.

JUROS 

No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,43 por cento ao ano, ante 12,41 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3469 dólar, ante 1,3379 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía a 135,875 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,61 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil subia 5 pontos, para 172 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 5 pontos, a 239 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones recuou 0,11 por cento, a 11.825 pontos; o S&P 500 teve baixa de 1,01 por cento, a 1.281 pontos, e o Nasdaq retrocedeu 1,46 por cento, a 2.725 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo caiu 0,52 dólar, ou 0,57 por cento, a 90,86 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, registrava ligeira alta, oferecendo rendimento de 3,34 por cento ante 3,37 por cento no fechamento anterior.

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