PANORAMA1-Acordo do G20 não satisfaz e dólar volta a cair
SÃO PAULO, 25 de outubro (Reuters) - O compromisso do G20 no fim de semana de apenas conter desvalorizações competitivas das moedas e buscar taxas de câmbio determinadas pelo mercado foi interpretado como um sinal verde para a retomada de venda de dólares por investidores nesta segunda-feira. O entendimento foi de que o acordo não […]
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2010 às 06h54.
SÃO PAULO, 25 de outubro (Reuters) - O compromisso do G20
no fim de semana de apenas conter desvalorizações competitivas
das moedas e buscar taxas de câmbio determinadas pelo mercado
foi interpretado como um sinal verde para a retomada de venda
de dólares por investidores nesta segunda-feira.
O entendimento foi de que o acordo não é capaz de impedir a
tendência de baixa do dólar determinada pela expectativa de que
o Federal Reserve apresente uma segunda rodada de "quantitative
easing", imprimindo mais dólares para a compra de ativos e
injetando mais recursos no sistema.
Um discurso de Ben Bernanke, chairman do Fed, ainda nesta
manhã, é aguardado no cenário internacional, pois ele pode dar
pistas sobre o tamanho desse esperado fluxo de recursos.
Às 7h30 (horário de Brasília), o índice que mede o valor do
dólar ante uma cesta de moedas recuava 0,8 por cento.
Ante a divisa japonesa, a queda era de 1 por cento, renovando o
piso em 15 anos. O euro valorizava-se.
Com o "trade" anterior sendo retomado, commodities e praças
acionárias ao redor do mundo mostravam viés ascendente.
No caso do petróleo, o contrato mais curto era negociado em
alta de 1,3 por cento, a 82,74 dólares, nas operações
eletrônicas de Nova York. Os preços dos metais também subiam,
com o cobre registrando máxima em dois anos em Londres.
No mercado acionário, o índice MSCI para ações globais
ganhava 0,6 por cento, enquanto para ações emergentes tinha
elevação de 0,96 por cento.
O índice MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção
do Japão aumentava 1,7 por cento. Em Tóquio, contudo, o Nikkei
destoou do movimento e caiu, com a preocupação acerca dos
efeitos do fortalecimento do iene.
Na Europa, o FTSEurofirst 300 também situava-se no
azul, impulsionado pelo desempenho de mineradoras. E em Wall
Street, os futuros acionários sinalizavam abertura positiva.
No Brasil, além das tradicionais divulgações de
segunda-feira, a agenda inclui dados de setembro do balanço de
pagamentos.
Para ver a agenda do dia, clique [ID:nN25224126]
Veja como terminaram os principais mercados na
sexta-feira:
CÂMBIO
O dólar fechou a 1,709 real, em alta de 0,77 por cento em
relação ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa recuou 0,18 por cento, para 69.529 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 6,21 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros cedeu 0,48 por
cento, a 35.117 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,36 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,34 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3948 dólar, ante
1,3920 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subia para 140,063 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,174 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil recuava 4 pontos, a 182 pontos-básicos. O
EMBI+ tinha queda de 6 pontos, a 253 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones caiu 0,13 por cento, a 11.132
pontos, e o S&P 500 avançou 0,24 por cento, a 1.183
pontos. O Nasdaq Composite ganhou 0,80 por cento, aos
2.479 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
valorizou-se em 1,13 dólar, ou 1,4 por cento, a 81,69 dólares
por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, tinha leve queda, oferecendo rendimento
de 2,5596 por cento ante 2,542 por cento no fechamento
anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por Paula Arend Laier; Edição de Daniela Machado)