Mercados

Ouro fecha em queda e atinge menor nível em 7 meses

Bons indicadores como o índice de atividade dos gerentes de compra nos EUA atraíram investidores para as bolsas, pressionando o metal


	Ouro: o contrato do metal com entraga para abril recuou 0,37%
 (Mario Tama/Getty Images)

Ouro: o contrato do metal com entraga para abril recuou 0,37% (Mario Tama/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de março de 2013 às 17h46.

Nova York - Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fecharam em queda nesta sexta-feira, atingindo o menor nível em sete meses. O metal foi pressionado pela alta do dólar e os ganhos das bolsas, que atraíram os investidores, após alguns indicadores positivos sobre a economia dos EUA.

O contrato de ouro mais negociado, com entrega para abril, perdeu US$ 5,80 (0,37%), fechando a US$ 1.572,30 a onça-troy, o menor nível desde 18 de julho do ano passado. Na semana, o metal acumulou retração de 0,03%. "A alta do dólar é um problema, e a demanda persistentemente maior por ações também pressiona o ouro. Mesmo se o metal conseguir se segurar perto de US$ 1.550,00, os preços devem continuar de lado por um período, até que haja um novo catalisador", comenta Richard Hastings, estrategista da Global Hunter Securities.

Entre os indicadores norte-americanos, a renda pessoal teve a maior queda em 20 anos, de 3,6%, no primeiro mês de 2013, mais do que o previsto pelos economistas, que esperavam retração de 2,5%. Por outro lado, o índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM), subiu para 54,2 em fevereiro, de 53,1 em janeiro, contrariando a previsão de queda para 52,5. Além disso, o índice de sentimento do consumidor, medido pela Reuters/Universidade de Michigan, subiu para 77,6 na leitura final de fevereiro, de 76,3 no resultado preliminar e 73,8 em janeiro. O resultado ficou acima das expectativas dos analistas, de 76,3.

"Os especuladores precisam de uma razão para voltar para o ouro, e ainda não estão tendo motivos para isso. Para que eles voltem para o mercado, nós vamos precisar de indicadores econômicos muito mais fracos", afirma Rob Haworth, estrategista sênior de investimento da US Bank Wealth Management. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresMetaisOuro

Mais de Mercados

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Ibovespa opera perto da estabilidade após governo anunciar R$ 15 bi de corte de gastos; dólar sobe

Mais na Exame