Ouro fecha em alta de 0,48% antes da votação nos EUA

Nova York - Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fecharam em alta nesta segunda-feira. Os investidores buscaram refúgio no metal precioso, em meio às expectativas com a eleição nos Estados Unidos na terça e uma importante votação no Parlamento da Grécia na quarta-feira.

O contrato de ouro mais negociado, com entrega para dezembro, ganhou US$ 8,00 (0,48%), fechando a US$ 1.683,20 a onça-troy. Trata-se de uma recuperação depois da queda de 2,35% na sexta-feira, após o relatório do governo norte-americano sobre o mercado de trabalho (payroll) em outubro, que veio melhor do que o esperado.

Os ganhos do metal não foram maiores porque a alta do dólar nesta sessão diminuiu a atratividade. Como é denominado na moeda norte-americana, o ouro se torna mais caro para compradores que usam outras dividas quando o dólar se fortalece.

A eleição presidencial nos EUA deve ser uma disputa apertada entre o presidente democrata Barack Obama e o rival republicano Mitt Romney. E essa incerteza pressiona o apetite dos investidores por ativos de maior risco. Pesquisa do Wall Street Journal e NBC News mostra Obama com 48% das intenções de voto, contra 47% de Romney.

O humor dos investidores também é pressionado pelas incertezas com a votação no Parlamento da Grécia de um novo pacote de austeridade exigido pelos credores internacionais do país em troca da liberação da próxima parcela de ajuda. A votação ocorre na quarta-feira, seguida da análise do orçamento, possivelmente no domingo. Já na Espanha, o número de pedidos de auxílio-desemprego aumentou 128.242, ou 2,7%, em outubro. O dado é mais um sinal de que o desemprego na quarta maior economia da zona do euro continua crescendo.

Para Marc Ground, analista do Standard, o ouro provavelmente continuará se recuperando, porque "é altamente improvável que indicadores econômicos melhores do que o esperado façam com que a política monetária seja apertada em breve nos EUA". As informações são da Dow Jones.