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Ouro bate recorde acima de US$ 1.700 com insegurança

Investidores buscam segurança no ouro após o rebaixamento do rating norte-americano

O Goldman Sachs elevou suas previsões para os preços do ouro e da prata, observando que seus economistas agora veem uma chance em três de recessão nos EUA (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2011 às 09h18.

Londres - O ouro à vista atingiu novos recordes acima de US$ 1.700 por onça-troy na manhã de hoje, à medida que as contínuas preocupações com a dívida europeia e o histórico rebaixamento do rating (nota) dos EUA na sexta-feira levaram os investidores buscarem segurança no metal precioso.

Às 8h35 (de Brasília), o ouro à vista subia 2,34%, para US$ 1.704,50 por onça-troy, depois de ter chegado a US$ 1.715,60 por onça-troy mais cedo. A prata à vista também tinha forte alta, de 3,66%, para US$ 39,69 por onça-troy. Assim como o ouro, a prata tende a se beneficiar do status de proteção contra a insegurança econômica.

O rali do ouro começou no início da manhã na Europa, com os investidores avaliando os danos após a Standard & Poor's cortar o rating dos EUA de AAA para AA+ na sexta-feira. Como é a maior economia do mundo, sinais da fraqueza norte-americana tendem a provocar choques nos mercados financeiros globais.

Um comunicado divulgado ontem pelos líderes do G-7 (grupo das sete maiores economias do mundo) e presidentes de bancos centrais, enfatizando a disposição de tomar medidas para reduzir as perdas dos mercados, fez pouco para diminuir a aversão ao risco. Hoje surgiram relatos de que o Banco Central Europeu (BCE) estaria comprando bônus da Itália e da Espanha para tentar injetar liquidez nos mercados.

"A singularidade e gravidade da situação atual vai forçar os investidores a repensar seus referenciais de risco e suas subsequentes escolhas de carteira", afirmou Edel Tully, do UBS. "Os investidores provavelmente vão discriminar fortemente os ativos de risco e os portos seguros", disse.

O Goldman Sachs elevou suas previsões para os preços do ouro e da prata, observando que seus economistas agora veem uma chance em três de recessão nos EUA, que provavelmente ocorrerá dentro dos próximos seis meses.

Para o ouro à vista, o banco elevou a previsão de três meses em 5,1%, de US$ 1.565 por onça-troy para US$ 1.645 por onça-troy; a previsão de seis meses em 5,8%, de US$ 1.635 por onça-troy para US$ 1.730 por onça-troy; e a previsão de 12 meses em 7,5%, de US$ 1.730 por onça-troy para US$ 1.860 por onça-troy.

Para a prata, a previsão de três meses subiu 5,3%, de US$ 26,1 por onça-troy para US$ 27,5 por onça-troy; a previsão de seis meses aumentou 5,9%, de US$ 27,3 por onça-troy para US$ 28,9 por onça-troy; e a previsão de 12 meses foi ampliada em 7,6%, de US$ 27,9 por onça-troy para US$ 31,1 por onça-troy.

Embora ondas de realização de lucros e liquidação forçada de ouro para cobrir chamadas de margem em outros ativos possam provocar pequenos recuos nos preços, a tendência de alta do metal parece intacta enquanto os riscos macroeconômicos existirem, segundo analistas e operadores. As informações são da Dow Jones.

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Londres - O ouro à vista atingiu novos recordes acima de US$ 1.700 por onça-troy na manhã de hoje, à medida que as contínuas preocupações com a dívida europeia e o histórico rebaixamento do rating (nota) dos EUA na sexta-feira levaram os investidores buscarem segurança no metal precioso.

Às 8h35 (de Brasília), o ouro à vista subia 2,34%, para US$ 1.704,50 por onça-troy, depois de ter chegado a US$ 1.715,60 por onça-troy mais cedo. A prata à vista também tinha forte alta, de 3,66%, para US$ 39,69 por onça-troy. Assim como o ouro, a prata tende a se beneficiar do status de proteção contra a insegurança econômica.

O rali do ouro começou no início da manhã na Europa, com os investidores avaliando os danos após a Standard & Poor's cortar o rating dos EUA de AAA para AA+ na sexta-feira. Como é a maior economia do mundo, sinais da fraqueza norte-americana tendem a provocar choques nos mercados financeiros globais.

Um comunicado divulgado ontem pelos líderes do G-7 (grupo das sete maiores economias do mundo) e presidentes de bancos centrais, enfatizando a disposição de tomar medidas para reduzir as perdas dos mercados, fez pouco para diminuir a aversão ao risco. Hoje surgiram relatos de que o Banco Central Europeu (BCE) estaria comprando bônus da Itália e da Espanha para tentar injetar liquidez nos mercados.

"A singularidade e gravidade da situação atual vai forçar os investidores a repensar seus referenciais de risco e suas subsequentes escolhas de carteira", afirmou Edel Tully, do UBS. "Os investidores provavelmente vão discriminar fortemente os ativos de risco e os portos seguros", disse.

O Goldman Sachs elevou suas previsões para os preços do ouro e da prata, observando que seus economistas agora veem uma chance em três de recessão nos EUA, que provavelmente ocorrerá dentro dos próximos seis meses.

Para o ouro à vista, o banco elevou a previsão de três meses em 5,1%, de US$ 1.565 por onça-troy para US$ 1.645 por onça-troy; a previsão de seis meses em 5,8%, de US$ 1.635 por onça-troy para US$ 1.730 por onça-troy; e a previsão de 12 meses em 7,5%, de US$ 1.730 por onça-troy para US$ 1.860 por onça-troy.

Para a prata, a previsão de três meses subiu 5,3%, de US$ 26,1 por onça-troy para US$ 27,5 por onça-troy; a previsão de seis meses aumentou 5,9%, de US$ 27,3 por onça-troy para US$ 28,9 por onça-troy; e a previsão de 12 meses foi ampliada em 7,6%, de US$ 27,9 por onça-troy para US$ 31,1 por onça-troy.

Embora ondas de realização de lucros e liquidação forçada de ouro para cobrir chamadas de margem em outros ativos possam provocar pequenos recuos nos preços, a tendência de alta do metal parece intacta enquanto os riscos macroeconômicos existirem, segundo analistas e operadores. As informações são da Dow Jones.

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