O que o Itaú ainda precisa explicar na oferta pela Redecard
Analista do HSBC se mostra cético em relação ao preço de R$ 35 por ação para tirar Redecard da bolsa
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2012 às 14h31.
São Paulo – O laudo de avaliação sobre o preço da Redecard ( RDCD3 ) mostrou um preço de 35,88 reais por ação da empresa (média da faixa de preço), pouca coisa acima dos 35 reais oferecidos pelo Itaú Unibanco ( ITUB4 ) para realizar uma oferta pública de aquisições (OPA) e tirar a empresa da bolsa.
O número apresentado não surpreendeu o mercado, mas tão pouco serviu para convencer o analista Paulo Ribeiro, do HSBC, sobre o real valor da empresa.
Na época da oferta ele já estimava um preço de 39 reais por ação da empresa. Se considerado o real valor da parceria com a Hipercard, esse preço poderia passar para 41 reais. Em relatório enviado para clientes, Ribeiro manteve sua tese.
Na opinião do analista, explicar os planos para a parceria com a Hipercard é só um dos pontos que falta o Itaú fazer para prosseguir na oferta.
Além disso, afirma o analista, o Itaú ainda precisa detalhar mais a lógica da operação e discutir de forma explicita os possíveis conflitos de interesse na operação e o preço ofertado.
“Acreditamos que, no mínimo, o atual relacionamento comercial entre o Itaú e a Redecard deve ser esclarecido de forma a que os acionistas minoritários e o mercado possam avaliar o impacto potencial na avaliação das possíveis mudanças feitas a ele”, afirmou Ribeiro.
O preço-alvo dos papéis da Redecard não considera a Hipercard e é de 39 reais, um potencial de valorização de 10,6%. A recomendação continua como overweight (alocação sugerida acima da média do mercado).
As armas do Itaú
Na avaliação do analista, a oferta trouxe duas fortes impressões.
Em primeiro lugar, sugeriu que o banco poderia retirar as ações da Redecard do segmento Novo Mercado, mais alto nível de governança corporativa da bolsa.
“Ela continuará sendo uma empresa listada, reduzindo porém a proteção de governança corporativa concedida aos minoritários”, lembra o analista.
A segunda impressão é de que o banco poderia reduzir seu investimento estratégico na Redecard e seu relacionamento com a empresa. Quem sabe até vender total ou parcialmente sua participação na credenciadora.
http://d1nfmblh2wz0fd.cloudfront.net/items/loaders/loader_1063.js?aoi=1311798366&pid=1063&zoneid=14729&cid=&rid=&ccid=&ip= http://d1nfmblh2wz0fd.cloudfront.net/items/loaders/loader_1063.js?aoi=1311798366&pid=1063&zoneid=14729&cid=&rid=&ccid=&ip=
São Paulo – O laudo de avaliação sobre o preço da Redecard ( RDCD3 ) mostrou um preço de 35,88 reais por ação da empresa (média da faixa de preço), pouca coisa acima dos 35 reais oferecidos pelo Itaú Unibanco ( ITUB4 ) para realizar uma oferta pública de aquisições (OPA) e tirar a empresa da bolsa.
O número apresentado não surpreendeu o mercado, mas tão pouco serviu para convencer o analista Paulo Ribeiro, do HSBC, sobre o real valor da empresa.
Na época da oferta ele já estimava um preço de 39 reais por ação da empresa. Se considerado o real valor da parceria com a Hipercard, esse preço poderia passar para 41 reais. Em relatório enviado para clientes, Ribeiro manteve sua tese.
Na opinião do analista, explicar os planos para a parceria com a Hipercard é só um dos pontos que falta o Itaú fazer para prosseguir na oferta.
Além disso, afirma o analista, o Itaú ainda precisa detalhar mais a lógica da operação e discutir de forma explicita os possíveis conflitos de interesse na operação e o preço ofertado.
“Acreditamos que, no mínimo, o atual relacionamento comercial entre o Itaú e a Redecard deve ser esclarecido de forma a que os acionistas minoritários e o mercado possam avaliar o impacto potencial na avaliação das possíveis mudanças feitas a ele”, afirmou Ribeiro.
O preço-alvo dos papéis da Redecard não considera a Hipercard e é de 39 reais, um potencial de valorização de 10,6%. A recomendação continua como overweight (alocação sugerida acima da média do mercado).
As armas do Itaú
Na avaliação do analista, a oferta trouxe duas fortes impressões.
Em primeiro lugar, sugeriu que o banco poderia retirar as ações da Redecard do segmento Novo Mercado, mais alto nível de governança corporativa da bolsa.
“Ela continuará sendo uma empresa listada, reduzindo porém a proteção de governança corporativa concedida aos minoritários”, lembra o analista.
A segunda impressão é de que o banco poderia reduzir seu investimento estratégico na Redecard e seu relacionamento com a empresa. Quem sabe até vender total ou parcialmente sua participação na credenciadora.
http://d1nfmblh2wz0fd.cloudfront.net/items/loaders/loader_1063.js?aoi=1311798366&pid=1063&zoneid=14729&cid=&rid=&ccid=&ip= http://d1nfmblh2wz0fd.cloudfront.net/items/loaders/loader_1063.js?aoi=1311798366&pid=1063&zoneid=14729&cid=&rid=&ccid=&ip=