O pior passou? Inflação americana fica abaixo do esperado em novembro e dá alívio ao mercado
Inflação subiu apenas 0,1% em novembro na comparação mensal, diminuindo a expectativa de alta de juros pelo Fed
Raquel Brandão
Publicado em 13 de dezembro de 2022 às 11h09.
Última atualização em 13 de dezembro de 2022 às 15h24.
O CPI de novembro, índice que mede os preços ao consumidor nos Estados Unidos, veio como um presente antecipado de Natal para os mercados. Na manhã desta terça-feira, 13, a Nasdaq100, índice da bolsa que reúne especialmente as ações de empresas de tecnologia, subia 3,85% nos contrastos futuros. Também nas negociações futuras o Dow Jones subia 2,10% e a S&P 500, 2,75%.
Por aqui, a cotação do dólar contra o real está em ritmo de queda de0,75%, para R$ 5,27. Já o Ibovespa avançava 0,53%, para 105.901.
A inflação subiu 7,1% no acumulado do ano até novembro, abaixo da alta de 7,7% em outubro e também inferior às expectativas dos economistas, que previam um aumento de 7,3%. Na comparação mensal, os preços aumentaram 0,1% em novembro em relação ao mês anterior. Economistas ouvidos pela consultoria FactSet esperavam um avanço de 0,3%. Esse é o menor patamar desde dezembro de 2021.
Os números do CPI animaram o mercado porque reforçam a indicação de que o ritmo de elevação dos juros deve diminuir. Amanhã o Federal Reserve, o Banco Central norte-americano, anuncia sua última decisão do ano sobre os juros. A expectativa agora é de que o Fed consiga abrandar os aumentos que fez ao longo do ano em busca de manter os preços sob controle. Há pouco, o yield do Tesouro dos EUA de dois anos caiu para 0,16 ponto percentual, para 4,23%.