NY deve abrir sob expectativa do anúncio do Fed
As bolsas norte-americanas devem iniciar o pregão desta quarta-feira, 18, sem direção única
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2013 às 11h14.
Nova York - Em um dos dias mais esperados por Wall Street em 2013, as bolsas norte-americanas devem iniciar o pregão desta quarta-feira, 18, sem direção única, apontam os índices futuros. Na tarde de hoje, os economistas esperam que o Federal Reserve anuncie mudanças na política monetária dos Estados Unidos, reduzindo o ritmo mensal de compras de ativos em cerca de US$ 10 bilhões. Às 10h15 (pelo horário de Brasília), o Dow Jones futuro recuava 0,03% e o S&P 500 tinha queda de 0,04%, enquanto o Nasdaq subia 0,27%.
O comunicado final da reunião de dois dias do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) deve ser divulgado às 15h (pelo horário de Brasília), seguido pelo anúncio de projeções econômicas atualizadas para a economia norte-americana e uma entrevista coletiva do presidente do banco central, Ben Bernanke, prevista para começar às 15h30.
"O presidente do Fed, que tem sido muito criticado por agitar os mercados financeiros desde maio, terá nesta tarde mais uma chance para se comunicar com o mercado, que teima em não entender o que ele tem falado, apesar de Bernanke ter sido extremamente claro em suas declarações", avalia o estrategista-chefe da Raymond James, Scott Brown, em um relatório a clientes. O economista espera, sobretudo, que Bernanke deixe claro em sua entrevista que os juros básicos só devem voltar a subir em alguns anos, mesmo que a redução das compras mensais de ativos seja anunciada nesta quarta-feira.
Os economistas argumentam que os investidores já embutiram nos preços dos ativos financeiros uma redução no ritmo de compras mensais de ativos na casa dos US$ 10 bilhões a US$ 15 bilhões. Qualquer número acima ou abaixo deste patamar pode provocar oscilações mais fortes nos preços na tarde de hoje, destaca o Bank of America Merrill Lynch em um relatório sobre o que pode acontecer na reunião de política monetária.
O economista do HSBC para os EUA, Kevin Logan, esperava redução no ritmo de compras apenas na reunião do Fomc de dezembro, mas acabou mudando sua aposta e agora prevê que um corte de US$ 15 bilhões será anunciado hoje à tarde, com US$ 10 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA e US$ 5 bilhões em ativos lastreados em hipotecas (chamados de MBS). Neste ritmo, as aquisições seriam totalmente interrompidas em junho de 2014, de acordo com o banco inglês.
Logan espera ainda que o Fomc deixe claro que, mesmo com a redução do ritmo de compras de ativos, os juros básicos da economia só devem subir em um segundo momento, provavelmente em meados de 2015. Uma das possibilidades, argumenta o economista em um relatório, é que os dirigentes do Fed mudem os gatilhos que balizam a política monetária.
O banco central já sinalizou que os juros só voltariam a subir quando a taxa de desemprego atingisse o patamar de 6,5%, mas com a melhora deste indicador, que vem caindo mês a mês, esse nível pode ser atingido antes do esperado. Por isso, o economista avalia que esse gatilho possa ser alterado para baixo. "O Fed enfatizaria assim que o período de acomodação monetária será longo", destaca o economista.
Além da reunião do Fomc, a quarta-feira teve o anúncio da construção de novas moradias, que cresceram 0,9% em agosto ante julho, atingindo o nível anualizado de 891 mil residências, número abaixo do previsto. Os analistas esperavam aumento de 2,4%, de acordo com consenso calculado pelo jornal Barrons.
Em meio aos números decepcionantes dos últimos meses, a equipe de economistas do banco RBC espera que as construções ganhem impulso e atinjam nos próximos meses um patamar na casa dos 975 mil moradias, na medida em que as taxas para se fazer hipotecas vêm caindo, depois de atingirem picos de alta a partir de maio, quando o Fed sinalizou que poderia reduzir o ritmo mensal de compras de ativos.
Mais cedo, foram anunciados números sobre solicitações de hipotecas, que cresceram 11% na semana passada, por causa da queda dos juros. Mas com as atenções de Wall Street todas voltadas para o encontro de política monetária do Fomc, os dados do setor de construção e hipotecas pouco influenciaram o mercado nesta manhã.
No noticiário corporativo, os papéis da empresa de entregas FedEx eram destaques de alta nesta manhã e subiam 2,9% no pré-mercado. A companhia divulgou hoje alta de 6,5% no lucro em seu primeiro trimestre fiscal e de 2% nas receitas. A expansão foi puxada pelo aumento de envio de encomendas e melhora das margens. Os números bateram as estimativas dos analistas.
A Apple era outro destaque de alta e subia 1,8% no pré-mercado. A empresa começa a vender na sexta-feira duas novas versões do celular iPhone, a 5S e a 5C. A expectativa dos analistas de tecnologia sobre as vendas dos novos modelos é grande.
O 5C será um modelo econômico, voltado para um público de menor renda e custará a partir de US$ 99, em contratos de dois anos. Nesta quarta-feira, um artigo do jornal The New York Times destaca que o modelo deve ter vendas elevadas, por causa do preço baixo e por ser muito parecido com o iPhone 5, com a exceção de que o novo aparelho é de plástico.
Nova York - Em um dos dias mais esperados por Wall Street em 2013, as bolsas norte-americanas devem iniciar o pregão desta quarta-feira, 18, sem direção única, apontam os índices futuros. Na tarde de hoje, os economistas esperam que o Federal Reserve anuncie mudanças na política monetária dos Estados Unidos, reduzindo o ritmo mensal de compras de ativos em cerca de US$ 10 bilhões. Às 10h15 (pelo horário de Brasília), o Dow Jones futuro recuava 0,03% e o S&P 500 tinha queda de 0,04%, enquanto o Nasdaq subia 0,27%.
O comunicado final da reunião de dois dias do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) deve ser divulgado às 15h (pelo horário de Brasília), seguido pelo anúncio de projeções econômicas atualizadas para a economia norte-americana e uma entrevista coletiva do presidente do banco central, Ben Bernanke, prevista para começar às 15h30.
"O presidente do Fed, que tem sido muito criticado por agitar os mercados financeiros desde maio, terá nesta tarde mais uma chance para se comunicar com o mercado, que teima em não entender o que ele tem falado, apesar de Bernanke ter sido extremamente claro em suas declarações", avalia o estrategista-chefe da Raymond James, Scott Brown, em um relatório a clientes. O economista espera, sobretudo, que Bernanke deixe claro em sua entrevista que os juros básicos só devem voltar a subir em alguns anos, mesmo que a redução das compras mensais de ativos seja anunciada nesta quarta-feira.
Os economistas argumentam que os investidores já embutiram nos preços dos ativos financeiros uma redução no ritmo de compras mensais de ativos na casa dos US$ 10 bilhões a US$ 15 bilhões. Qualquer número acima ou abaixo deste patamar pode provocar oscilações mais fortes nos preços na tarde de hoje, destaca o Bank of America Merrill Lynch em um relatório sobre o que pode acontecer na reunião de política monetária.
O economista do HSBC para os EUA, Kevin Logan, esperava redução no ritmo de compras apenas na reunião do Fomc de dezembro, mas acabou mudando sua aposta e agora prevê que um corte de US$ 15 bilhões será anunciado hoje à tarde, com US$ 10 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA e US$ 5 bilhões em ativos lastreados em hipotecas (chamados de MBS). Neste ritmo, as aquisições seriam totalmente interrompidas em junho de 2014, de acordo com o banco inglês.
Logan espera ainda que o Fomc deixe claro que, mesmo com a redução do ritmo de compras de ativos, os juros básicos da economia só devem subir em um segundo momento, provavelmente em meados de 2015. Uma das possibilidades, argumenta o economista em um relatório, é que os dirigentes do Fed mudem os gatilhos que balizam a política monetária.
O banco central já sinalizou que os juros só voltariam a subir quando a taxa de desemprego atingisse o patamar de 6,5%, mas com a melhora deste indicador, que vem caindo mês a mês, esse nível pode ser atingido antes do esperado. Por isso, o economista avalia que esse gatilho possa ser alterado para baixo. "O Fed enfatizaria assim que o período de acomodação monetária será longo", destaca o economista.
Além da reunião do Fomc, a quarta-feira teve o anúncio da construção de novas moradias, que cresceram 0,9% em agosto ante julho, atingindo o nível anualizado de 891 mil residências, número abaixo do previsto. Os analistas esperavam aumento de 2,4%, de acordo com consenso calculado pelo jornal Barrons.
Em meio aos números decepcionantes dos últimos meses, a equipe de economistas do banco RBC espera que as construções ganhem impulso e atinjam nos próximos meses um patamar na casa dos 975 mil moradias, na medida em que as taxas para se fazer hipotecas vêm caindo, depois de atingirem picos de alta a partir de maio, quando o Fed sinalizou que poderia reduzir o ritmo mensal de compras de ativos.
Mais cedo, foram anunciados números sobre solicitações de hipotecas, que cresceram 11% na semana passada, por causa da queda dos juros. Mas com as atenções de Wall Street todas voltadas para o encontro de política monetária do Fomc, os dados do setor de construção e hipotecas pouco influenciaram o mercado nesta manhã.
No noticiário corporativo, os papéis da empresa de entregas FedEx eram destaques de alta nesta manhã e subiam 2,9% no pré-mercado. A companhia divulgou hoje alta de 6,5% no lucro em seu primeiro trimestre fiscal e de 2% nas receitas. A expansão foi puxada pelo aumento de envio de encomendas e melhora das margens. Os números bateram as estimativas dos analistas.
A Apple era outro destaque de alta e subia 1,8% no pré-mercado. A empresa começa a vender na sexta-feira duas novas versões do celular iPhone, a 5S e a 5C. A expectativa dos analistas de tecnologia sobre as vendas dos novos modelos é grande.
O 5C será um modelo econômico, voltado para um público de menor renda e custará a partir de US$ 99, em contratos de dois anos. Nesta quarta-feira, um artigo do jornal The New York Times destaca que o modelo deve ter vendas elevadas, por causa do preço baixo e por ser muito parecido com o iPhone 5, com a exceção de que o novo aparelho é de plástico.