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NY deve abrir em queda nesta segunda-feira

Nos Estados Unidos, números que sinalizam uma atividade industrial mais fraca em abril contribuem ainda mais para o tom pessimista nos negócios


	Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,26%, o Nasdaq recuava 0,32% e o S&P 500 tinha baixa de 0,42%
 (Brendan McDermid/Reuters)

Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,26%, o Nasdaq recuava 0,32% e o S&P 500 tinha baixa de 0,42% (Brendan McDermid/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2013 às 11h14.

Nova York - As bolsas norte-americanas devem iniciar o pregão desta segunda-feira, 15, em baixa, sinalizam os índices futuros. Dados sobre a economia da China, que cresceu menos do que o previsto, influenciam negativamente os investidores em Wall Street.

Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,26%, o Nasdaq recuava 0,32% e o S&P 500 tinha baixa de 0,42%.

A economia chinesa cresceu 7,7% no primeiro trimestre, abaixo dos 8% esperados pelos economistas. A produção industrial, com expansão de 8,9% em março, também ficou aquém das expectativas.

Já um relatório do Banco Mundial divulgado nesta madrugada mantém o tom otimista e prevê que o crescimento da China vai se acelerar este ano para 8,3%, ante 7,8% do ano passado, puxado pelo mercado interno.

Nos Estados Unidos, números que sinalizam uma atividade industrial mais fraca em abril contribuem ainda mais para o tom pessimista nos negócios neste início de semana.

O índice de atividade industrial Empire State, calculado pelo Federal Reserve de Nova York, ficou em 3,05 em abril, abaixo dos 9,2 de março e da previsão de 7,5 dos economistas consultados pela Dow Jones.

Os economistas do Wells Fargo esperam mais indicadores fracos da economia norte-americana ao longo dos próximos dias. Em um relatório a clientes, o banco destaca que os números mais recentes, como os da criação de emprego, mostram que a economia segue crescendo, mas em ritmo moderado.

Por isso, assim como o dado divulgado hoje pelo Fed de Nova York, a expectativa é de mais indicadores sinalizando essa tendência de expansão modesta, uma consequência, entre outros fatores, dos cortes automáticos de gastos públicos que entraram em vigor em março.


Para a produção industrial, que será divulgada na terça-feira, 16, e é um dos números mais esperados da semana, o Wells Fargo projeta expansão de apenas 0,2% em março ante fevereiro, abaixo dos 0,8% mostrados no mês anterior.

Em meio a esses fracos indicadores, o banco prevê uma desaceleração do crescimento e projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA deve crescer 1,8% no segundo trimestre, abaixo dos 2,8% projetados para o primeiro período de 2013.

Logo após a abertura do mercado, saem dados do setor de construção civil, que os economistas do Wells Fargo e outros bancos apontam que será um dos setores que vai puxar o crescimento do PIB norte-americano em 2013.

Às 11h será divulgado o índice de confiança das construtoras de abril. O Bank of America Merrill Lynch projeta o indicador em 45, ante 44 na primeira leitura do mês. O banco destaca que os dados de construção civil, ao contrário de outros setores, seguem melhorando, o que deve contribuir para um aumento, ainda que pequeno, na confiança dos empresários do setor.

No mundo corporativo, o Citibank anunciou nesta manhã lucro de US$ 3,8 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 31% ante o mesmo período do ano passado e acima do esperado pelos analistas.

O banco informou ainda que seu nível de capital de alta qualidade, chamado Tier 1 (ou nível 1), subiu para 11,8%, acima do exigido pelos reguladores. No pré-mercado, o papel do banco subia 2,71%.

Além do Citi, esta semana terá o anúncio de um balanço de um grande banco por dia. Amanhã será a vez do Goldman Sachs, no dia seguinte do Bank of America e na quinta-feira, do Morgan Stanley. Grandes empresas de outros setores também anunciam resultados, como Microsoft, Google, Coca Cola e McDonald's.

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