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Wall Street deve abrir em queda após balanço do JPMorgan

Ações do banco JPMorgan pressionam os mercados depois que o banco informou um recuo no lucro líquido do primeiro trimestre


	Prédio da JPMorgan Chase: ações cediam 3,75% no pré-mercado após a empresa reportar lucro e receitas menores que o esperado por analistas
 (Getty Images)

Prédio da JPMorgan Chase: ações cediam 3,75% no pré-mercado após a empresa reportar lucro e receitas menores que o esperado por analistas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2014 às 11h22.

São Paulo - As bolsas de Nova York devem abrir em queda nesta sexta-feira, 11, dando continuidade à forte onda de vendas observada na sessão anterior, sinalizam os índices futuros. Entre os principais fatores da baixa, as ações do banco JPMorgan pressionam os mercados depois que o banco informou um recuo no lucro líquido do primeiro trimestre.

As perdas estão sendo limitadas, porém, por uma elevação maior que o esperado no índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA, o que sugere uma recuperação na inflação no país. Às 10h20 (de Brasília), no mercado futuro, Dow Jones cedia 0,50%, enquanto o Nasdaq perdia 0,68% e S&P 500 tinha queda de 0,48%.

Em um dia de poucos indicadores econômicos, o Departamento do Trabalho informou que a inflação ao produtor nos EUA avançou para 0,5% em março ante fevereiro, segundo dados ajustados sazonalmente. O resultado ficou acima das estimativas dos analistas consultados pela Dow Jones, de ganho de 0,1%. Na comparação anual, o índice subiu 1,4% no mês passado, o maior ganho anual desde agosto do ano passado, o que indica um possível recuperação na alta de preços dos EUA.

O dado ajudou a limitar perdas em Wall Street, mas o sentimento do investidor em geral é negativo, dando continuidade às acentuadas perdas observadas na sessão de quinta-feira, 10. Ontem, as ações de empresas de biotecnologia e companhias menores de tecnologia voltaram a liderar as perdas nos mercados, levando os índices Dow Jones e S&P 500 às maiores quedas, tanto em pontos como em termos porcentuais, desde 3 de fevereiro. Já o Nasdaq registrou a pior baixa porcentual desde 9 de novembro de 2011.

A liquidação de ontem ocorreu apesar de dados positivos de pedidos de auxílio-desemprego e indicações do Federal Reserve de que as taxas de juros não devem subir tão cedo. "Movimentos acentuados com base em poucas notícias são sempre um pouco desconcertantes. Os dados da economia dos EUA foram bons e o Fed ainda está no lado dovish (mais favorável a juros baixos)", disse Emma Lawson, do National Australia Bank.

Ainda hoje, a Universidade de Michigan deve publicar dados preliminares do índice de sentimento do consumidor de abril. A previsão de analistas consultados pela Dow Jones é de um ganho para 81,0, de 80,0 em março.

No noticiário corporativo, as ações do JPMorgan Chase cediam 3,75% no pré-mercado após a empresa reportar lucro e receitas menores que o esperado por analistas. O banco citou ventos contrários nos mercados e no setor de hipotecas. Os papéis da Wells Fargo tinham leve perda de 0,13%, após registrar ganhos mais cedo em reação ao anúncio de lucro maior que as estimativas no primeiro trimestre.

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