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No radar: desemprego nos EUA, alta do minério e o que mais move o mercado

Relatório oficial do mercado de trabalho americano deve revelar a maior criação de empregos no ano; retomada econômica aguça preocupações sobre inflação no país

Placa de "Estamos aceitando pedidos de emprego" nos Estados Unidos (Courtney Pedroza/Bloomberg via/Getty Images)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 7 de maio de 2021 às 06h40.

Última atualização em 7 de maio de 2021 às 06h44.

Os principais índices internacionais apresentam leves altas na manhã desta sexta-feira, 8, com investidores à espera do relatório oficial de empregos não-agrícolas dos Estados Unidos , o payroll.

Considerado o dado econômico mais importante da economia americana, o payroll deve revelar a criação de 978.000 empregos em abril, segundo estimativas do mercado. O número, se confirmado, será o maior do ano. Já a taxa de desemprego deve cair de 6% para 5,8%, estabelecendo um novo piso desde o início da pandemia.

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Apesar da forte recuperação da economia americana, impulsionada principalmente pelo sucesso do plano de vacinação, crescem no mercado as preocupações sobre os impactos na inflação.

No último pregão, a queda maior do que a esperada dos pedidos de seguro desemprego chegou a reduzir o ímpeto por risco, com alguns dos principais índices de ações do país chegando a entrar no campo negativo.

Com o plano trilionário de investimentos em infraestrutura sendo analisado pelo Congresso americano e programas de estímulo do Federal Reserve a todo vapor, investidores temem um sobreaquecimento da economia americana.

Vendas no varejo

Se nos Estados Unidos a economia aquece com a ajuda da vacina, no Brasil, alguns setores já apresentam alguma contração pela falta dela. Um dos mais afetados é o varejo, que voltou a sofrer com as medidas de isolamento, reforçadas no fim do primeiro trimestre.

A expectativa é que as vendas do varejo tenham caído 7% em março em relação a

fevereiro. Frente ao mesmo período do ano passado - que marcou a chegada do coronavírus no Brasil -, as vendas devem cair 1,7%, segundo estimativas. O dado oficial do IBGE será divulgado às 9h.

Minério de ferro

Após disparar 7% em meio a tensões comerciais entre China e Austrália, o minério de ferro voltou a apresentar forte alta nesta sexta. Em Dalian, o preço do metal subiu mais uma vez, com a forte demanda chinesa e aumento de dados de importação, que cresceu 43,1% no país, em abril.

Por outro lado, a alta do preço do minério, que já é negociado acima de 200 dólares a tonelada, pode fazer a China intensificar os esforços para reduzir a demanda por aço. De acordo com o South China Morning Post, a Associação de Ferro e Aço da China (CISA, na sigla em inglês) tem pressionado o governo para resolver “problemas e funcionamento” do mercado e para “melhorar” as políticas do mercado de futuros, onde as commodities são negociadas.

Aves suspensas

A Arábia Saudita suspendeu a importação de carne de frango de 11 unidades brasileiras, sendo sete delas da JBS (JBSS3), três da Vibra Agroindustrial e uma da Agroaraçá. O país é o segundo maior comprador de carne de frango do Brasil. Não houve explicação para as suspensões, mas segundo a Reuters, elas ocorrem, em meio à tentativa da Arábia Saudita ampliar sua produção interna.

Balanços

Com a agenda de balanços mais morna, somente duas empresas devem reportar resultados nesta sexta: a M. Dias Branco (MDIA3) e Brasil Agro (AGRO3). Os dois serão apresentados após o encerramento do pregão.

Investidores, porém, devem repercutir hoje os resultados divulgados na última noite, como os do Banco do brasil (BBAS3), B3 (B3SA3) Camil (CAML3), Burger King (BKBR3), Lojas Americanas (LAME4) , B2W (BTOW3), Ouro Fino (OFSA3), São Carlos (SCAR3) e Simpar (SIMH3).

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