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No radar: a grande correção, IPCA e o que mais move o mercado nesta quarta

Após Nasdaq cair pelo terceiro pregão consecutivo, mercado espera reversão do movimento de queda das ações de tecnologia

Bolsa: Ibovespa fechou último pregão em queda, pressionado pelas ações da Petrobras (Paulo Whitaker/Reuters)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 9 de setembro de 2020 às 06h00.

O mercado começa esta quarta-feira, 8, em tom de cautela, após as ações das principais empresas de tecnologia dos Estados Unidos chegarem ao terceiro pregão consecutivo de perdas. Desde quinta-feira, 3, quando o movimento iniciou, o índice Nasdaq já caiu 10,03%.

Um dos maiores símbolos dessa onda de desvalorização no mercado americano tem sido as ações da Tesla, que acumulam 33,74% de queda no mês, tendo registrado depreciação de 21,06% somente no pregão de ontem.

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A grande correção

Para parte dos investidores, a depreciação no setor é apenas uma correção, após o índice Nasdaq, com maior concentração de ações de tecnologia, ter batido 34,5% de alta no ano e se descolado de outros índices de ações. O S&P 500, com menor concentração setorial, chegou a 11% de máxima – bem abaixo do desempenho do Nasdaq --, enquanto índices como o FTSE 100, do Reino Unido, o CAC, da França e o brasileiro Ibovespa sequer reverteram as perdas de março.

Petróleo

No calendário econômico desta quarta, está marcada a publicação dos dados semanais de estoques de petróleo bruto nos Estados Unidos pelo Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês). Caso volte a superar positivamente as expectativas dos investidores, como nas últimas seis semanas, os números podem ajudar a frear a desvalorização da commodity, que vem de queda de 7% (WTI) e 5,38% (brent).

IPCA

No mercado local, os investidores aguardam a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, que será divulgado às 10h pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatísticas. A expectativa para o resultado está maior que o de costume, tendo em vista que o IGP-DI, divulgado na véspera, ficou em 3,87%, bem acima das expectativas de 2,19%.

Em meio à alta da inflação, investidores mostram menos confiantes sobre um novo corte da taxa básica de juros Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que será realizada na semana que vem.

Fechamento

O Ibovespa encerrou o pregão de terça-feira, 8, em queda de 1,18%, em 100.050,43, depois de voltar a flertar com a casa dos 90.000 pontos. O movimento foi puxado principalmente pelas ações da Petrobras, que acompanharam a desvalorização do petróleo e caíram 3,47% (PETR3) e 2,88% (PETR4). Já o dólar, que sentiu os efeitos da tensão comercial entre China e Estados Unidos, subiu 1,1% para 5,366 reais. Na segunda-feira, 7, o presidente Donald Trump ameaçou romper de vez as relações comerciais com a China.

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