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Com rolezinhos, Deutsche rebaixa preços justos de shoppings

Banco alemão reduziu os preços justos para as ações por conta do impacto da alta dos juros e do consumo estável

Jovem grita em rolezinho em frente ao Shopping do Leblon: apesar de destacar que os encontros, Deutsche Bank mostra que esse não é o principal problema do setor (Mario Tama/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2014 às 15h17.

São Paulo - Em um relatório que começa falando dos “ rolezinhos ”, que dominaram as discussões no país neste início de ano, o alemão Deutsche Bank reduziu os preços justos para as ações de empresas de shopping centers e empreendimentos comerciais por conta do impacto da alta dos juros e do consumo estável. E, apesar de destacar que os encontros levam milhares de jovens para os shoppings, mas não para consumir, o banco mostra que esse não é o principal problema do setor.

Para o banco, no curto prazo, a situação macroeconômica vai pesar mais sobre o desempenho das empresas do que questões setoriais. O Deutsche recomenda uma estratégia conservadora com o setor enquanto a situação da economia continuar prejudicando os fundamentos das empresas.

Mais juro, menos consumo, mais riscos

O banco ajustou o modelo de avaliação das empresas, considerando a necessidade de um prêmio maior para o investimento em ações, de 6,5%, ante 5,7% antes. O motivo é a expectativa de alta maior dos juros. O Deutsche espera que a taxa básica Selic termine este ano em 11% ao ano e o próximo em 12%, ante previsões de 10,5% e 11,5% respectivamente.

“Se os juros subirem mais do que o antecipado, a avaliação das empresas brasileiras do setor imobiliário devem sofrer quase que imediatamente (isto é, a correlação entre as ações das empresas do setor e a taxa Selic permanece em 90%)”, diz o relatório, assinado por Esteban Polidura e Fred Mendes. “Dado que a inflação corrente está substancialmente acima da meta, nós não descartamos altas dos juros acima das nossas projeções”, dizem os analistas.

Para os analistas, os preços atuais das ações não levam em conta boas performances históricas, proteção contra a inflação, altas margens operacionais e forte geração de caixa dessas empresas.

Recomendações e preços justos

Mesmo assim, o banco mantém recomendação de compra para BR Malls e BR Properties. O preço justo para as empresas, porém, foi reduzido, de R$ 25 para R$ 22 no caso da primeira e de R$ 27 para R$ 22 na segunda. No caso da BR Properties, o Deutsche estima um retorno em dividendos (dividend yield) de 14%.

Já para Iguatemi e Multiplan, a recomendação é manter. Os preços justos para os papéis foram reduzidos, de R$ 27 para R$ 25 e de R$ 58 para R$ 52, respectivamente.

O risco para as companhias, destaca o Deutsche, é um aumento dos juros, um crescimento na vacância e maior competição. Já um crescimento maior que o projetado e uma margem mais alta poderiam ampliar os ganhos dos papéis.

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São Paulo - Em um relatório que começa falando dos “ rolezinhos ”, que dominaram as discussões no país neste início de ano, o alemão Deutsche Bank reduziu os preços justos para as ações de empresas de shopping centers e empreendimentos comerciais por conta do impacto da alta dos juros e do consumo estável. E, apesar de destacar que os encontros levam milhares de jovens para os shoppings, mas não para consumir, o banco mostra que esse não é o principal problema do setor.

Para o banco, no curto prazo, a situação macroeconômica vai pesar mais sobre o desempenho das empresas do que questões setoriais. O Deutsche recomenda uma estratégia conservadora com o setor enquanto a situação da economia continuar prejudicando os fundamentos das empresas.

Mais juro, menos consumo, mais riscos

O banco ajustou o modelo de avaliação das empresas, considerando a necessidade de um prêmio maior para o investimento em ações, de 6,5%, ante 5,7% antes. O motivo é a expectativa de alta maior dos juros. O Deutsche espera que a taxa básica Selic termine este ano em 11% ao ano e o próximo em 12%, ante previsões de 10,5% e 11,5% respectivamente.

“Se os juros subirem mais do que o antecipado, a avaliação das empresas brasileiras do setor imobiliário devem sofrer quase que imediatamente (isto é, a correlação entre as ações das empresas do setor e a taxa Selic permanece em 90%)”, diz o relatório, assinado por Esteban Polidura e Fred Mendes. “Dado que a inflação corrente está substancialmente acima da meta, nós não descartamos altas dos juros acima das nossas projeções”, dizem os analistas.

Para os analistas, os preços atuais das ações não levam em conta boas performances históricas, proteção contra a inflação, altas margens operacionais e forte geração de caixa dessas empresas.

Recomendações e preços justos

Mesmo assim, o banco mantém recomendação de compra para BR Malls e BR Properties. O preço justo para as empresas, porém, foi reduzido, de R$ 25 para R$ 22 no caso da primeira e de R$ 27 para R$ 22 na segunda. No caso da BR Properties, o Deutsche estima um retorno em dividendos (dividend yield) de 14%.

Já para Iguatemi e Multiplan, a recomendação é manter. Os preços justos para os papéis foram reduzidos, de R$ 27 para R$ 25 e de R$ 58 para R$ 52, respectivamente.

O risco para as companhias, destaca o Deutsche, é um aumento dos juros, um crescimento na vacância e maior competição. Já um crescimento maior que o projetado e uma margem mais alta poderiam ampliar os ganhos dos papéis.

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