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MSC acerta compra de controle da Wilson Sons por R$ 4,352 bilhões e abre caminho para OPA

Fundo de private equity chegou a enviar carta de intenção de compra na última semana, mas controladora deu preferência às conversas com empresa suíça

Tecon Salvador, uma das zonas portuárias da Wilson Sons (Wilson Sons/Divulgação)

Publicado em 21 de outubro de 2024 às 10h29.

Última atualização em 21 de outubro de 2024 às 10h29.

A Wilson Sons (WSON33) anunciou um acordo para a venda de seu controle para a SAS Shipping Agencies Services Sàrl, subsidiária integral da MSC (Mediterranean Shipping Company). O contrato prevê a venda de toda a participação de 56,47% detida pela britânica Ocean Wilsons Holdings Limited (OWHL), atual controladora da Wilson Sons, por R$ 4,352 bilhões.

A entrada da MSC na Wilson Sons ocorre poucas semanas após a francesa CMA CGM ter anunciado a compra do controle da Santos Brasil , operadora do Tecon Santos, o maior terminal do país. Havia a expectativa, na época, de que a MSC, que já atua na região portuária de Santos, adquirisse o controle da Santos Brasil.

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A Wilson Sons opera importantes terminais de contêineres na Bahia e no Rio Grande do Sul, além de atuar na gestão de centros logísticos e no apoio à indústria de óleo e gás.

A venda do controle da Wilson Sons será realizada a R$ 17,50 por ação, representando um múltiplo EV/EBITDA implícito de 8,7x pré-IFRS16.

Embora o valor seja 2% inferior à última cotação de fechamento, ele é 6,3% superior ao preço do início da semana passada, quando a Wilson Sons informou ter recebido uma carta do fundo de private equity I Squared sobre a intenção de compra de 100% da companhia. Na ocasião, a OWHL afirmou que estava em discussões com outro potencial comprador.

A OWHL vinha avaliando a venda de sua participação na Wilson Sons desde junho do ano passado, quando emitiu um comunicado na bolsa de Londres informando que reavaliaria seu investimento na companhia. Em relação ao preço das ações na época, o valor acertado com a MSC representa um prêmio de 66,3%.

OPA à vista

Após o fechamento da transação, a SAS lançará uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) obrigatória para os acionistas minoritários, nos mesmos termos da venda ao OW, em conformidade com as práticas de governança do Novo Mercado da B3.

O acordo permite que a Wilson Sons pague os dividendos já aprovados e continue distribuindo até US$ 22 milhões por trimestre até o fechamento, sujeito à geração de lucros suficientes. Pagamentos acima desse valor resultarão em uma redução proporcional do preço de aquisição.

O fechamento da transação está sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).

Acompanhe tudo sobre:Wilson SonsAçõesOPA

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