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Morgan Stanley está pessimista sobre lucros corporativos nos EUA

Novas mínimas para o S&P 500 devem ser atingidas no quarto trimestre, projeta estrategista do banco

S&P 500, principal índice americano, já devolveu cerca da metade dos ganhos desde a mínima de junho (Eugene Mymrin/Getty Images)
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Bloomberg

Publicado em 7 de setembro de 2022 às 09h23.

O Morgan Stanley -- um dos bancos mais pessimistas de Wall Street -- está com uma expectativa ainda mais negativa para os resultados corporativos nos EUA, em meio a um cenário de desaceleração do crescimento econômico.

Michael J. Wilson, estrategista do Morgan Stanley, cortou as projeções de crescimento do lucro por ação para 2022, argumentando que o desaquecimento da economia deve pesar mais sobre o desempenho das ações do que a inflação acelerada e o aperto monetário do Federal Reserve ( Fed, o banco central americano). Em 2023, o estrategista espera que os lucros caiam 3%, mesmo sem uma recessão.

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“Acreditamos que os próximos trimestres vão acabar trazendo algumas das revisões para baixo mais significativas das previsões de LPA vistas nos últimos ciclos”, escreveu Wilson em nota nesta terça-feira.

O estrategista, que previu corretamente a queda das bolsas dos EUA neste ano, projeta que os índices acionários atinjam novas mínimas, com o menor otimismo dos investidores após a temporada de balanços do segundo trimestre, que veio mais forte do que o esperado. O S&P 500, principal índice americano, já devolveu cerca da metade dos ganhos desde a mínima de junho, quando o Fed indicou que vai seguir com o aumento dos juros para domar a inflação.

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Wilson espera que as “mínimas para este ‘bear market’ provavelmente cheguem no quarto trimestre”.  O estrategista vê o S&P 500 em pelo menos 3.400 pontos, cerca de 13% abaixo dos níveis atuais, sendo que o índice poderia cair para 3.000 no caso de uma recessão.

Estrategistas europeus do Morgan Stanley também esperam que as margens corporativas regionais sejam pressionadas devido à piora da crise de energia e a bancos centrais com políticas monetárias agressivas, disseram na segunda-feira. Já estrategistas do JPMorgan, por outro lado, preveem que o pico da inflação ajudará a sustentar o mercado acionário pelo resto do ano. Os lucros globais também devem mostrar desempenho “muito melhor desta vez do que durante as crises anteriores”, escreveu o estrategista Mislav Matejka em nota na segunda.

--Com a colaboração deFarah Elbahrawy.

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