Moody's reafirma dúvidas sobre Itália e rebaixa empresas e bancos
Um dia após a nota do país cair, foi a vez da agência de risco derrubar a avaliação de diversas empresas do país
Da Redação
Publicado em 6 de outubro de 2011 às 15h12.
Roma - A agência de medição de risco Moody's reafirmou suas dúvidas sobre a solvência financeira da Itália e as perspectivas de crescimento de sua economia ao diminuir a classificação de grandes empresas e bancos do país.
Estas revisões para baixo sucederam o rebaixamento de terça-feira da classificação da dívida soberana italiana em três degraus, de Aa2 para A2, com perspectiva negativa, mudança que a agência atribuiu aos elevados níveis de dívida pública do país, que está em torno de 120% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, superior a 1,9 trilhão de euros.
Entre as companhias com notas rebaixadas aparecem as energéticas Enel, Eni e Terna, o grupo aeroespacial Finmeccanica e a Poste Italiane (Correios), todas com participação direta ou indireta do Estado italiano, assim como os dois maiores bancos do país, Unicredit e Intesa San Paolo.
Na Itália, as reações ao rebaixamento foram contidas e entre as empresas afetadas pela revisão da classificação não houve resposta pública à decisão da Moody's, embora os mercados financeiros tenham demonstrado indiferentes ao julgamento da agência americana de "rating".
Na Bolsa de Valores de Milão todos os títulos registraram importantes altas: Enel no fechamento avançava 2,5%, Eni 2,56%, Terna 1,47%, Finmeccanica 5,6% e Generali 3,5%.
Também saíram reforçados do pregão Unicredit, que subiu 3,84%, e Intesa Sanpaolo, que ganhou 5,73%, em um dia marcado pela reunião do Banco Central Europeu, na qual decidiu manter as taxas de juros em 1,5%, e pelas expectativas de um plano de reativação dos bancos.
No dia anterior, a agência de medição de riscos americana anunciou o rebaixamento da nota de 30 localidades do país, entre as quais redutos industrializados, além de províncias e cidades.
Em meio às pressões sobre o Governo italiano, o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, se reuniu nesta quinta-feira em Roma com alguns ministros para começar a dar forma a um decreto sobre desenvolvimento, com o qual espera reativar a economia do país. O plano deve ser apresentado até 20 de outubro.
A intenção do Executivo de pôr em prática um plano de desenvolvimento foi anunciada pelo próprio Berlusconi depois que o Executivo revisasse para baixo as previsões de crescimento e após o ultimato dado nesta mesma linha por representantes de sindicatos e de bancos poucos dias antes.
Com tudo, o Governo de Berlusconi está cada vez mais na corda bamba, como evidenciam as declarações do membro no Executivo, Umberto Bossi, líder do partido federalista Liga Norte, quem nesta quinta-feira assinalou que seria melhor antecipar as eleições gerais na Itália e não esperar pelo fim do atual mandato até 2013.
Roma - A agência de medição de risco Moody's reafirmou suas dúvidas sobre a solvência financeira da Itália e as perspectivas de crescimento de sua economia ao diminuir a classificação de grandes empresas e bancos do país.
Estas revisões para baixo sucederam o rebaixamento de terça-feira da classificação da dívida soberana italiana em três degraus, de Aa2 para A2, com perspectiva negativa, mudança que a agência atribuiu aos elevados níveis de dívida pública do país, que está em torno de 120% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, superior a 1,9 trilhão de euros.
Entre as companhias com notas rebaixadas aparecem as energéticas Enel, Eni e Terna, o grupo aeroespacial Finmeccanica e a Poste Italiane (Correios), todas com participação direta ou indireta do Estado italiano, assim como os dois maiores bancos do país, Unicredit e Intesa San Paolo.
Na Itália, as reações ao rebaixamento foram contidas e entre as empresas afetadas pela revisão da classificação não houve resposta pública à decisão da Moody's, embora os mercados financeiros tenham demonstrado indiferentes ao julgamento da agência americana de "rating".
Na Bolsa de Valores de Milão todos os títulos registraram importantes altas: Enel no fechamento avançava 2,5%, Eni 2,56%, Terna 1,47%, Finmeccanica 5,6% e Generali 3,5%.
Também saíram reforçados do pregão Unicredit, que subiu 3,84%, e Intesa Sanpaolo, que ganhou 5,73%, em um dia marcado pela reunião do Banco Central Europeu, na qual decidiu manter as taxas de juros em 1,5%, e pelas expectativas de um plano de reativação dos bancos.
No dia anterior, a agência de medição de riscos americana anunciou o rebaixamento da nota de 30 localidades do país, entre as quais redutos industrializados, além de províncias e cidades.
Em meio às pressões sobre o Governo italiano, o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, se reuniu nesta quinta-feira em Roma com alguns ministros para começar a dar forma a um decreto sobre desenvolvimento, com o qual espera reativar a economia do país. O plano deve ser apresentado até 20 de outubro.
A intenção do Executivo de pôr em prática um plano de desenvolvimento foi anunciada pelo próprio Berlusconi depois que o Executivo revisasse para baixo as previsões de crescimento e após o ultimato dado nesta mesma linha por representantes de sindicatos e de bancos poucos dias antes.
Com tudo, o Governo de Berlusconi está cada vez mais na corda bamba, como evidenciam as declarações do membro no Executivo, Umberto Bossi, líder do partido federalista Liga Norte, quem nesta quinta-feira assinalou que seria melhor antecipar as eleições gerais na Itália e não esperar pelo fim do atual mandato até 2013.