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Mercado monitora a queda do dólar no exterior

No mercado futuro, o dólar para maio de 2013 abriu a R$ 1,9950 (-0,23%)

Na abertura dos negócios, o dólar à vista foi cotado a R$ 1,990 (estável) no balcão (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2013 às 10h51.

São Paulo - O mercado de câmbio começou a sessão atento ao viés de baixa do dólar no exterior, à movimentação de empresas brasileiras para captar recursos no exterior e à reação dos juros futuros a novas declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

Na abertura dos negócios, o dólar à vista foi cotado a R$ 1,990 (estável) no balcão. No mercado futuro, o dólar para maio de 2013 abriu a R$ 1,9950 (-0,23%).

O presidente da autoridade monetária reconheceu, na noite de segunda-feira a resistência da inflação no Brasil, mas também se mostrou otimista com o crescimento da economia, durante evento em Porto Alegre.

De acordo com Tombini, a autoridade monetária continuará atuando com cautela e seguirá acompanhando a evolução dos indicadores econômicos. Ele salientou que a sociedade brasileira sabe que a inflação distorce a economia e eleva os riscos.

Em relação ao crescimento, a autoridade monetária destacou o ritmo mais moderado da expansão do setor de serviços e a produção da indústria automobilística do País. "Creio que está em curso um processo de crescimento no Brasil", frisou Tombini. Em termos anualizados, disse o presidente do BC, "crescemos 4% no primeiro trimestre".

Como amanhã será divulgado o índice de inflação oficial do País, o IPCA de março, as declarações de Tombini devem influenciar as apostas dos investidores para a reunião do Copom de abril, nos dias 16 e 17.

Também está no radar dos mercados a iniciativa da presidente Dilma Rousseff de almoçar na segunda-feira com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e outros três economistas: Delfim Netto, Luiz Gonzaga Belluzzo e Yoshiaki Nakano.


No encontro também estava presente o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. O objetivo da presidente foi retomar os contatos com economistas de fora do governo, prática muito utilizada por seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Devem direcionar também as perspectivas dos agentes de câmbio hoje as emissões corporativas já confirmadas e em curso, num total de cerca de US$ 1,750 bilhão.

De acordo com fontes, a Gerdau fechou uma emissão de US 750 milhões com prazo de 10 anos, acima do valor pretendido inicialmente, de US$ 500 milhões. Pelos menos mais três empresas estão realizando roadshows com propostas de emissões de cerca de US$ 1 bilhão: Aralco, US$ 200 milhões; OAS, até US$ 300 milhões; e JBS, US$ 500 milhões.

Segundo um operador de tesouraria de banco, a confirmação dessas captações externas é positiva, porém, os recursos precisam ingressar no País para ter algum efeito sobre a formação de preço no mercado de câmbio e também aliviar o déficit do fluxo cambial brasileiro, que encerrou março em cerca de US$ 2,1 bilhões.

Os agentes financeiros vão monitorar essas operações a fim de avaliar se há a possibilidade ou não de internalização dessas emissões, afirmou a fonte.


Nos mercados internacionais de moedas, os investidores repercutem os sinais emitidos pelo presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke.

Respondendo a perguntas da plateia após um discurso na Conferência de Mercados Financeiros do Fed de Atlanta, Bernanke afirmou que o Fed não está envolvido em uma política internacional que utiliza a desvalorização da moeda e barreiras de proteção para aliviar as dificuldades econômicas de uma nação às custas de outros países, política conhecida, em inglês, como "beggar thy neighbor policies".

Em Nova York, às 9h20, o euro estava em US$ 1,3049, de US$ 1,3010 no fim da tarde de ontem. O dólar caía a 98,78 ienes, de 99,36 ienes na véspera. A moeda norte-americana também recuava ante o dólar australiano (-0,54%), o dólar canadense (-0,16%), o peso mexicano (-0,19%) e o dólar neozelandês (-0,30%).

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São Paulo - O mercado de câmbio começou a sessão atento ao viés de baixa do dólar no exterior, à movimentação de empresas brasileiras para captar recursos no exterior e à reação dos juros futuros a novas declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

Na abertura dos negócios, o dólar à vista foi cotado a R$ 1,990 (estável) no balcão. No mercado futuro, o dólar para maio de 2013 abriu a R$ 1,9950 (-0,23%).

O presidente da autoridade monetária reconheceu, na noite de segunda-feira a resistência da inflação no Brasil, mas também se mostrou otimista com o crescimento da economia, durante evento em Porto Alegre.

De acordo com Tombini, a autoridade monetária continuará atuando com cautela e seguirá acompanhando a evolução dos indicadores econômicos. Ele salientou que a sociedade brasileira sabe que a inflação distorce a economia e eleva os riscos.

Em relação ao crescimento, a autoridade monetária destacou o ritmo mais moderado da expansão do setor de serviços e a produção da indústria automobilística do País. "Creio que está em curso um processo de crescimento no Brasil", frisou Tombini. Em termos anualizados, disse o presidente do BC, "crescemos 4% no primeiro trimestre".

Como amanhã será divulgado o índice de inflação oficial do País, o IPCA de março, as declarações de Tombini devem influenciar as apostas dos investidores para a reunião do Copom de abril, nos dias 16 e 17.

Também está no radar dos mercados a iniciativa da presidente Dilma Rousseff de almoçar na segunda-feira com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e outros três economistas: Delfim Netto, Luiz Gonzaga Belluzzo e Yoshiaki Nakano.


No encontro também estava presente o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. O objetivo da presidente foi retomar os contatos com economistas de fora do governo, prática muito utilizada por seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Devem direcionar também as perspectivas dos agentes de câmbio hoje as emissões corporativas já confirmadas e em curso, num total de cerca de US$ 1,750 bilhão.

De acordo com fontes, a Gerdau fechou uma emissão de US 750 milhões com prazo de 10 anos, acima do valor pretendido inicialmente, de US$ 500 milhões. Pelos menos mais três empresas estão realizando roadshows com propostas de emissões de cerca de US$ 1 bilhão: Aralco, US$ 200 milhões; OAS, até US$ 300 milhões; e JBS, US$ 500 milhões.

Segundo um operador de tesouraria de banco, a confirmação dessas captações externas é positiva, porém, os recursos precisam ingressar no País para ter algum efeito sobre a formação de preço no mercado de câmbio e também aliviar o déficit do fluxo cambial brasileiro, que encerrou março em cerca de US$ 2,1 bilhões.

Os agentes financeiros vão monitorar essas operações a fim de avaliar se há a possibilidade ou não de internalização dessas emissões, afirmou a fonte.


Nos mercados internacionais de moedas, os investidores repercutem os sinais emitidos pelo presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke.

Respondendo a perguntas da plateia após um discurso na Conferência de Mercados Financeiros do Fed de Atlanta, Bernanke afirmou que o Fed não está envolvido em uma política internacional que utiliza a desvalorização da moeda e barreiras de proteção para aliviar as dificuldades econômicas de uma nação às custas de outros países, política conhecida, em inglês, como "beggar thy neighbor policies".

Em Nova York, às 9h20, o euro estava em US$ 1,3049, de US$ 1,3010 no fim da tarde de ontem. O dólar caía a 98,78 ienes, de 99,36 ienes na véspera. A moeda norte-americana também recuava ante o dólar australiano (-0,54%), o dólar canadense (-0,16%), o peso mexicano (-0,19%) e o dólar neozelandês (-0,30%).

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