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Mantega e política italiana direcionam câmbio

Os agentes de câmbio estão atentos à valorização do dólar em relação a moedas ligadas a commodities no exterior, em meio a preocupações com um impasse político na Itália

Câmbio: até 9h27, a mínima ficou em R$ 1,9780 (+0,05%) e a máxima, em R$ 1,9840 (+0,35% (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2013 às 10h44.

São Paulo - O mercado de câmbio doméstico abriu com o dólar à vista em leve alta, de 0,15%, cotado a R$ 1,980 no balcão. Até 9h27, a mínima ficou em R$ 1,9780 (+0,05%) e a máxima, em R$ 1,9840 (+0,35%.

No mercado futuro, no mesmo horário, o dólar com vencimento em 1º de março de 2013 recuava 0,15%, a R$ 1,9810, após começar a sessão em estabilidade, a R$ 1,9840 - na máxima. A mínima até o momento ficou em R$ 1,9795 (-0,23%).

Os agentes de câmbio estão atentos à valorização do dólar em relação a moedas ligadas a commodities no exterior, em meio a preocupações com um impasse político na Itália.

A aversão ao risco nos mercados internacionais deve limitar uma esperada pressão de baixa sobre o dólar, que pode ser exercida durante a manhã por bancos e investidores estrangeiros, que apostam no recuo do dólar no mercado futuro.

A intenção desses agentes é a de enfraquecer a taxa Ptax diária em razão da proximidade da virada de mês e de interesses técnicos na liquidação dos vencimentos de posições em câmbio em 1º de março.

A discussão sobre o rumo da política monetária do País também segue no radar dos mercados. Assim como na tarde de segunda-feira (25) as declarações do presidente do Banco Central em Nova York, de que o BC vai acumular reservas internacionais "se as condições de mercado permitirem", mudaram o rumo do câmbio e o dólar fechou em alta, hoje a expectativa se volta para o ministro da Fazenda, Guido Mantega.


O ministro e várias autoridades do governo participam, a partir das 11 horas (horário de Brasília), de um roadshow do governo brasileiro, em Nova York, para apresentar a executivos e investidores nos Estados Unidos um pacote de concessões e investimentos na área de infraestrutura.

A uma semana do início da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, os analistas do mercado esperam que Mantega mande algum novo recado sobre o rumo da política monetária, disse o gerente de câmbio de uma corretora.

Na tarde de segunda-feira (25), o presidente do Banco Central ressaltou que o BC pode voltar a comprar reservas se o cenário econômico permitir e que a instituição está a postos para agir no mercado de câmbio se houver volatilidade excessiva. A última vez em que o BC fez leilão de compra de dólares à vista foi em 27 de abril de 2012, segundo a tesouraria de um banco. Apesar de falar de câmbio, inflação e crescimento da economia, Tombini não fez menções diretas aos juros da economia brasileira.

Para o gerente da corretora citado acima, as palavras de Tombini reforçaram no mercado a percepção de que o BC não vai tolerar um movimento de baixa nem uma alta muito acentuados e fora da atual banda informal de oscilação do dólar, que vai de um suposto piso de R$ 1,950 a um teto de R$ 2,00.


A novidade é que o BC indicou que pode retomar leilões de compra à vista, em vez de atuar apenas no mercado futuro através de leilões de contratos de swap cambial ou de swap cambial reverso, disse a fonte. Ontem, o dólar à vista fechou cotado a R$ 1,9770 no balcão, em alta de 0,25%. Trata-se do maior patamar de fechamento desde 6 de fevereiro, quando estava em R$ 1,9890.

Na zona do euro, as atenções se voltam para o desfecho da eleição italiana. Nesta terça-feira, os custos dos empréstimos para a Itália subiram para o maior patamar em quatro meses no leilão de títulos de curto prazo do governo.

O leilão ocorreu depois de as eleições gerais no país terminarem sem um vencedor claro. O temor é de que a indefinição política pode adiar as reformas necessárias para tornar a economia italiana mais competitiva.

A Itália vendeu 8,75 bilhões de euros (US$ 11,47 bilhões) em títulos de seis meses, com yield (retorno ao investidor) médio de 1,237%, acima de 0,731% oferecido no leilão realizado em 29 de janeiro e o mais alto desde outubro. A relação entre ofertas feitas e aceitas (bid-to-cover), que é uma medida da demanda, caiu para 1,44, de 1,65.

O resultado é um mau sinal para a venda de 6,5 bilhões de euros em bônus de cinco e dez anos programada para quarta-feira (27).

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No mercado futuro, no mesmo horário, o dólar com vencimento em 1º de março de 2013 recuava 0,15%, a R$ 1,9810, após começar a sessão em estabilidade, a R$ 1,9840 - na máxima. A mínima até o momento ficou em R$ 1,9795 (-0,23%).

Os agentes de câmbio estão atentos à valorização do dólar em relação a moedas ligadas a commodities no exterior, em meio a preocupações com um impasse político na Itália.

A aversão ao risco nos mercados internacionais deve limitar uma esperada pressão de baixa sobre o dólar, que pode ser exercida durante a manhã por bancos e investidores estrangeiros, que apostam no recuo do dólar no mercado futuro.

A intenção desses agentes é a de enfraquecer a taxa Ptax diária em razão da proximidade da virada de mês e de interesses técnicos na liquidação dos vencimentos de posições em câmbio em 1º de março.

A discussão sobre o rumo da política monetária do País também segue no radar dos mercados. Assim como na tarde de segunda-feira (25) as declarações do presidente do Banco Central em Nova York, de que o BC vai acumular reservas internacionais "se as condições de mercado permitirem", mudaram o rumo do câmbio e o dólar fechou em alta, hoje a expectativa se volta para o ministro da Fazenda, Guido Mantega.


O ministro e várias autoridades do governo participam, a partir das 11 horas (horário de Brasília), de um roadshow do governo brasileiro, em Nova York, para apresentar a executivos e investidores nos Estados Unidos um pacote de concessões e investimentos na área de infraestrutura.

A uma semana do início da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, os analistas do mercado esperam que Mantega mande algum novo recado sobre o rumo da política monetária, disse o gerente de câmbio de uma corretora.

Na tarde de segunda-feira (25), o presidente do Banco Central ressaltou que o BC pode voltar a comprar reservas se o cenário econômico permitir e que a instituição está a postos para agir no mercado de câmbio se houver volatilidade excessiva. A última vez em que o BC fez leilão de compra de dólares à vista foi em 27 de abril de 2012, segundo a tesouraria de um banco. Apesar de falar de câmbio, inflação e crescimento da economia, Tombini não fez menções diretas aos juros da economia brasileira.

Para o gerente da corretora citado acima, as palavras de Tombini reforçaram no mercado a percepção de que o BC não vai tolerar um movimento de baixa nem uma alta muito acentuados e fora da atual banda informal de oscilação do dólar, que vai de um suposto piso de R$ 1,950 a um teto de R$ 2,00.


A novidade é que o BC indicou que pode retomar leilões de compra à vista, em vez de atuar apenas no mercado futuro através de leilões de contratos de swap cambial ou de swap cambial reverso, disse a fonte. Ontem, o dólar à vista fechou cotado a R$ 1,9770 no balcão, em alta de 0,25%. Trata-se do maior patamar de fechamento desde 6 de fevereiro, quando estava em R$ 1,9890.

Na zona do euro, as atenções se voltam para o desfecho da eleição italiana. Nesta terça-feira, os custos dos empréstimos para a Itália subiram para o maior patamar em quatro meses no leilão de títulos de curto prazo do governo.

O leilão ocorreu depois de as eleições gerais no país terminarem sem um vencedor claro. O temor é de que a indefinição política pode adiar as reformas necessárias para tornar a economia italiana mais competitiva.

A Itália vendeu 8,75 bilhões de euros (US$ 11,47 bilhões) em títulos de seis meses, com yield (retorno ao investidor) médio de 1,237%, acima de 0,731% oferecido no leilão realizado em 29 de janeiro e o mais alto desde outubro. A relação entre ofertas feitas e aceitas (bid-to-cover), que é uma medida da demanda, caiu para 1,44, de 1,65.

O resultado é um mau sinal para a venda de 6,5 bilhões de euros em bônus de cinco e dez anos programada para quarta-feira (27).

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