Manifestantes de Wall Street vão a casas de executivos
Os manifestantes saíram pelo sofisticado bairro do Upper East Side, passando pelas residências de gente como Rupert Murdoch e Jamie Dimon, do JPMorgan Chase
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2011 às 18h10.
Nova York - O movimento Ocupe Wall Street levou na terça-feira seus protestos às casas de executivos de Nova York, e há manifestações programadas para esta semana em mais de 50 campi universitários e em várias cidades do mundo.
Os manifestantes saíram pelo sofisticado bairro do Upper East Side no "Tour dos Bilionários", passando pelas residências de gente como o magnata da mídia Rupert Murdoch; Jamie Dimon, do JPMorgan Chase, e outros banqueiros ricos.
Lloyd Blankfein, do Goldman Sachs, cancelou uma palestra que faria no Barnard College, em Nova York, alegando problemas de agenda. Alunos da vizinha Universidade Columbia planejavam protestar na presença dele, segundo o jornal da universidade.
Pelas ruas do Upper East Side, policiais acompanhavam os cerca de 450 manifestantes que gritavam frases como "Os banqueiros foram resgatados, nós fomos vendidos", e "Ei, bilionários, paguem a sua parte".
Os manifestantes protestam contra a enorme remuneração dos altos executivos, os bilhões de dólares gastos pelo governo para resgatar instituições financeiras após a crise de 2008, e as manobras usadas pelas empresas para evitarem o que muitos americanos consideram que seria justo em termos de impostos.
O engenheiro Mustafa Ibrahim, 23 anos, do Cairo, aproveitou uma visita a Nova York para aderir a manifestação. Ele contou que chegou a ser detido durante a rebelião popular deste ano que derrubou o presidente Hosni Mubarak.
"É praticamente a mesma coisa que no Egito", disse ele. "Os protestos são internacionais na conscientização, porque todos nós temos os mesmos problemas com os ricos." Já sua amiga Bethany Gayda, 23 anos, estudante em Pittsburgh, manifestou dúvidas quanto aos resultados dos protestos anti-Wall Street. "A mudança vem pelo voto, não ficando parado com uma placa." Na quinta-feira, universitários de pelo menos 56 campi dos EUA planejam manifestações de apoio ao movimento. No sábado, estão programadas manifestações para várias cidades do país e do mundo.
Centenas de pessoas estão acampadas desde o dia 17 em um parque perto de Wall Street, e mais de 700 pessoas já foram detidas durante esses protestos.
Na terça-feira, a polícia de Boston prendeu 129 manifestantes, depois de o grupo ampliar seu acampamento. "A desobediência civil não será tolerada", disse o prefeito Thomas Menino ao canal Fox News.
Em Washington, seis pessoas foram presas num protesto com cerca de cem participantes num prédio administrativo do Senado, segundo policiais e manifestantes.
Na quarta-feira, o Sindicato Internacional dos Empregados nos Serviços promoverá uma passeata no bairro financeiro de Nova York pedindo melhores empregos.
Celebridades como o rapper Kanye West, a atriz Susan Sarandon, o cineasta Michael Moore, o produtor Russell Simmons, o ator Tim Robbins e o ativista Al Sharpton já visitaram o acampamento do Ocupe Wall Street.
Nova York - O movimento Ocupe Wall Street levou na terça-feira seus protestos às casas de executivos de Nova York, e há manifestações programadas para esta semana em mais de 50 campi universitários e em várias cidades do mundo.
Os manifestantes saíram pelo sofisticado bairro do Upper East Side no "Tour dos Bilionários", passando pelas residências de gente como o magnata da mídia Rupert Murdoch; Jamie Dimon, do JPMorgan Chase, e outros banqueiros ricos.
Lloyd Blankfein, do Goldman Sachs, cancelou uma palestra que faria no Barnard College, em Nova York, alegando problemas de agenda. Alunos da vizinha Universidade Columbia planejavam protestar na presença dele, segundo o jornal da universidade.
Pelas ruas do Upper East Side, policiais acompanhavam os cerca de 450 manifestantes que gritavam frases como "Os banqueiros foram resgatados, nós fomos vendidos", e "Ei, bilionários, paguem a sua parte".
Os manifestantes protestam contra a enorme remuneração dos altos executivos, os bilhões de dólares gastos pelo governo para resgatar instituições financeiras após a crise de 2008, e as manobras usadas pelas empresas para evitarem o que muitos americanos consideram que seria justo em termos de impostos.
O engenheiro Mustafa Ibrahim, 23 anos, do Cairo, aproveitou uma visita a Nova York para aderir a manifestação. Ele contou que chegou a ser detido durante a rebelião popular deste ano que derrubou o presidente Hosni Mubarak.
"É praticamente a mesma coisa que no Egito", disse ele. "Os protestos são internacionais na conscientização, porque todos nós temos os mesmos problemas com os ricos." Já sua amiga Bethany Gayda, 23 anos, estudante em Pittsburgh, manifestou dúvidas quanto aos resultados dos protestos anti-Wall Street. "A mudança vem pelo voto, não ficando parado com uma placa." Na quinta-feira, universitários de pelo menos 56 campi dos EUA planejam manifestações de apoio ao movimento. No sábado, estão programadas manifestações para várias cidades do país e do mundo.
Centenas de pessoas estão acampadas desde o dia 17 em um parque perto de Wall Street, e mais de 700 pessoas já foram detidas durante esses protestos.
Na terça-feira, a polícia de Boston prendeu 129 manifestantes, depois de o grupo ampliar seu acampamento. "A desobediência civil não será tolerada", disse o prefeito Thomas Menino ao canal Fox News.
Em Washington, seis pessoas foram presas num protesto com cerca de cem participantes num prédio administrativo do Senado, segundo policiais e manifestantes.
Na quarta-feira, o Sindicato Internacional dos Empregados nos Serviços promoverá uma passeata no bairro financeiro de Nova York pedindo melhores empregos.
Celebridades como o rapper Kanye West, a atriz Susan Sarandon, o cineasta Michael Moore, o produtor Russell Simmons, o ator Tim Robbins e o ativista Al Sharpton já visitaram o acampamento do Ocupe Wall Street.