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Londres pode perder "passaporte da UE", diz membro do BCE

De acordo com Francois Villeroy de Galhau, as casas de clearing não poderão estar localizadas na capital inglesa se o RU não for parte do mercado único

Londres: bancos baseados na cidade contam com o chamado passaporte da UE para operar livremente no mercado e capitais do bloco (Neil Hall / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2016 às 11h01.

São Paulo -- O centro financeiro de Londres vai perder seu "passaporte da União Europeia (UE)" se o Reino Unido não conseguir garantir acesso ao mercado do bloco em suas negociações sobre a saída, disse no sábado o membro do Conselho no Banco Central Europeu (BCE) Francois Villeroy de Galhau.

Bancos baseados em Londres, o maior centro financeiro da Europa, contam com o chamado passaporte da UE para operar livremente no mercado de capitais do bloco apesar de terem a maior parte de seu pessoal e operações baseados fora da zona do euro.

"Se amanhã o Reino Unido não for parte do mercado único, Londres não poderá manter seu passaporte europeu e casas de clearing não poderão estar localizadas em Londres também", disse Villeroy, que também é presidente do banco central francês, à rádio France Inter.

As conversas sobre a saída britânica da UE terão de ser rápidas para limitar as incertezas, disse Villeroy.

"Há um precedente, é o modelo norueguês de Área Econômica Europeia, que permitiria ao Reino Unido manter acesso ao mercado único, mas se comprometendo a implementar as regras da UE", disse.

"Seria um pouco paradoxal deixar a UE e aplicar todas as regras da UE, mas é uma solução se o Reino Unido quiser manter acesso ao mercado único." Se isso não funcionar, poderia ser uma oportunidade para centros financeiros da zona do euro, incluindo Paris, disse Villeroy. Alguns bancos disseram que transfeririam as operações para a zona do euro se o Reino Unido deixasse a UE.

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Bancos baseados em Londres, o maior centro financeiro da Europa, contam com o chamado passaporte da UE para operar livremente no mercado de capitais do bloco apesar de terem a maior parte de seu pessoal e operações baseados fora da zona do euro.

"Se amanhã o Reino Unido não for parte do mercado único, Londres não poderá manter seu passaporte europeu e casas de clearing não poderão estar localizadas em Londres também", disse Villeroy, que também é presidente do banco central francês, à rádio France Inter.

As conversas sobre a saída britânica da UE terão de ser rápidas para limitar as incertezas, disse Villeroy.

"Há um precedente, é o modelo norueguês de Área Econômica Europeia, que permitiria ao Reino Unido manter acesso ao mercado único, mas se comprometendo a implementar as regras da UE", disse.

"Seria um pouco paradoxal deixar a UE e aplicar todas as regras da UE, mas é uma solução se o Reino Unido quiser manter acesso ao mercado único." Se isso não funcionar, poderia ser uma oportunidade para centros financeiros da zona do euro, incluindo Paris, disse Villeroy. Alguns bancos disseram que transfeririam as operações para a zona do euro se o Reino Unido deixasse a UE.

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