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Locais aguardam Mantega após dólar cair a R$1,584

São Paulo - O mercado de câmbio doméstico ocupou os holofotes nesta quinta-feira, com o dólar caindo abaixo de 1,600 real pela primeira vez desde agosto de 2008. A fraqueza da moeda norte-americana contrabalançou o IPCA de março e fortes números da indústria, deixando os DIs praticamente estáveis. Quase simultaneamente ao fechamento do câmbio, o […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2011 às 17h59.

São Paulo - O mercado de câmbio doméstico ocupou os holofotes nesta quinta-feira, com o dólar caindo abaixo de 1,600 real pela primeira vez desde agosto de 2008. A fraqueza da moeda norte-americana contrabalançou o IPCA de março e fortes números da indústria, deixando os DIs praticamente estáveis.

Quase simultaneamente ao fechamento do câmbio, o Ministério da Fazenda enviou nota avisando que o ministro Guido Mantega fará comunicado às 18h30, mas não foi detalhando o tema do anúncio.

Na véspera, Mantega anunciara a extensão do IOF para captações externas de até dois anos. A medida foi considerada "modesta" pela maioria do mercado, o que abriu espaço para a queda do dólar nesta sessão.

Já no segmento de renda fixa, as taxas chegaram a subir mais cedo, reagindo à alta de 0,79 por cento no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês passado e ao nível de utilização da capacidade da indústria brasileira, que alcançou 83,6 por cento em fevereiro, superando o nível pré-crise [ID:nN07114058] [ID:nN07111711].

A Bovespa conseguiu fechar com discreta valorização, apoiada pelo setor financeiro. Em Nova York, os principais índices terminaram em ligeira baixa, com investidores assumindo uma postura mais cautelosa após um novo tremor atingir a já devastada costa nordeste do Japão.

O terremoto de magnitude 7,4 chegou a disparar um alerta de tsunami para a região costeira. Até agora, não foram detectados danos à usina nuclear de Fukushima, e a televisão pública japonesa NHK informou que operários foram retirados do local.

Tensões na Líbia, Oriente Médio e Nigéria também repercutiram nos mercados finaceiros, levando o petróleo acima dos 110 dólares por barril pela primeira vez desde 2008.

Na pauta macroeconômica internacional, destaque para o aumento de 0,5 ponto percentual no juro pelo Banco Central Europeu (BCE), com a taxa básica passando agora a 1,25 por cento.

O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, salientou que o banco não vê a decisão deste mês como a primeira em uma série de elevações. Os comentários de Trichet abriram espaço para a queda do euro, que se afastava da máxima em mais de um ano atingida ante o dólar na véspera.

No Brasil, investidores monitoraram a divulgação dos números do setor automotivo relativos ao trimestre. Segundo a Anfavea, a produção e a venda de veículos bateram recorde nos três primeiros meses do ano, mas alguma desaceleração é esperada nos próximos meses como efeito das medidas macroprudenciais adotadas pelo governo [ID:nN07187405].

Veja a variação dos principais mercados nesta x-feira: CÂMBIO O dólar terminou a 1,584 real, em queda de 1,86 por cento frente ao fechamento anterior.

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São Paulo - O mercado de câmbio doméstico ocupou os holofotes nesta quinta-feira, com o dólar caindo abaixo de 1,600 real pela primeira vez desde agosto de 2008. A fraqueza da moeda norte-americana contrabalançou o IPCA de março e fortes números da indústria, deixando os DIs praticamente estáveis.

Quase simultaneamente ao fechamento do câmbio, o Ministério da Fazenda enviou nota avisando que o ministro Guido Mantega fará comunicado às 18h30, mas não foi detalhando o tema do anúncio.

Na véspera, Mantega anunciara a extensão do IOF para captações externas de até dois anos. A medida foi considerada "modesta" pela maioria do mercado, o que abriu espaço para a queda do dólar nesta sessão.

Já no segmento de renda fixa, as taxas chegaram a subir mais cedo, reagindo à alta de 0,79 por cento no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês passado e ao nível de utilização da capacidade da indústria brasileira, que alcançou 83,6 por cento em fevereiro, superando o nível pré-crise [ID:nN07114058] [ID:nN07111711].

A Bovespa conseguiu fechar com discreta valorização, apoiada pelo setor financeiro. Em Nova York, os principais índices terminaram em ligeira baixa, com investidores assumindo uma postura mais cautelosa após um novo tremor atingir a já devastada costa nordeste do Japão.

O terremoto de magnitude 7,4 chegou a disparar um alerta de tsunami para a região costeira. Até agora, não foram detectados danos à usina nuclear de Fukushima, e a televisão pública japonesa NHK informou que operários foram retirados do local.

Tensões na Líbia, Oriente Médio e Nigéria também repercutiram nos mercados finaceiros, levando o petróleo acima dos 110 dólares por barril pela primeira vez desde 2008.

Na pauta macroeconômica internacional, destaque para o aumento de 0,5 ponto percentual no juro pelo Banco Central Europeu (BCE), com a taxa básica passando agora a 1,25 por cento.

O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, salientou que o banco não vê a decisão deste mês como a primeira em uma série de elevações. Os comentários de Trichet abriram espaço para a queda do euro, que se afastava da máxima em mais de um ano atingida ante o dólar na véspera.

No Brasil, investidores monitoraram a divulgação dos números do setor automotivo relativos ao trimestre. Segundo a Anfavea, a produção e a venda de veículos bateram recorde nos três primeiros meses do ano, mas alguma desaceleração é esperada nos próximos meses como efeito das medidas macroprudenciais adotadas pelo governo [ID:nN07187405].

Veja a variação dos principais mercados nesta x-feira: CÂMBIO O dólar terminou a 1,584 real, em queda de 1,86 por cento frente ao fechamento anterior.

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